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Povo exige exige corte de emendas após deputados protegerem bets e ricos

Hashtag “cortem as emendas” lidera debates no X após a derrubada da MP 1.303, que previa aumento de tributos sobre apostas esportivas e grandes fortunas.

A rejeição da Medida Provisória 1.303, que previa aumento de tributos sobre apostas esportivas e rendimentos de grandes fortunas, desencadeou uma onda de protestos nas redes sociais e expôs o desgaste entre o Congresso Nacional e a opinião pública. Segundo levantamento da consultoria Nexus, publicado nesta sexta-feira (10) por Lauro Jardim, em O Globo, a hashtag #CortemAsEmendas chegou ao primeiro lugar entre os assuntos mais comentados no X (antigo Twitter), refletindo o descontentamento popular com os parlamentares.


Mobilização digital expõe crise de credibilidade no Congresso

De acordo com o estudo, até as 9h da manhã, o termo “cortem as emendas” havia sido mencionado 1,1 milhão de vezes, enquanto a expressão “Congresso inimigo do povo” ocupava a quinta posição nos trending topics, com 2,73 milhões de citações. A mobilização digital se transformou em termômetro do desgaste político após a queda da MP, que poderia gerar R$ 17 bilhões em receitas extras ao governo federal.

A análise da Nexus indica que, entre quinta (9) e sexta-feira (10), foram registradas 361 mil publicações em português no X, escritas por cerca de 74 mil usuários únicos. O debate, de caráter altamente polarizado, dividiu a internet entre dois campos:

  • Apoio à MP – usuários que criticaram o Congresso e denunciaram a influência do lobby das casas de apostas, defendendo a medida como instrumento de justiça fiscal;
  • Críticas ao governo – opositores que ironizaram o aumento de impostos e popularizaram o termo “Lule pai das bets” para atacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Repercussão em outras redes amplia a disputa narrativa

A mobilização se espalhou para o Facebook e o Instagram, onde foram identificadas 3,1 mil postagens relacionadas ao tema. Os principais termos associados — “Lula”, “Congresso Nacional”, “MP do IOF” e “17 bilhões” — revelam tanto a crítica à atuação parlamentar quanto à incapacidade do governo em garantir a aprovação da proposta.

“A rejeição da MP 1.303 marca um novo ponto de tensão entre Executivo e Legislativo”, afirma o relatório da Nexus, que vê o episódio como um “indicativo de erosão da confiança pública nas instituições políticas”.


Contexto político e disputa orçamentária

A MP 1.303 integrava o pacote de ajustes econômicos do Ministério da Fazenda, voltado a aumentar a arrecadação sem penalizar a classe média. O texto previa tributação entre 12% e 18% sobre a receita das apostas esportivas (bets), além de impostos adicionais sobre rendimentos de grandes fortunas e juros sobre capital próprio — medidas consideradas essenciais para o reequilíbrio fiscal.

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A decisão do Congresso Nacional de não votar a medida até o prazo final de quarta (8) foi interpretada como uma derrota para o Palácio do Planalto e um gesto de resistência política em meio à disputa por emendas parlamentares e controle do orçamento.

Com a rejeição, a mobilização popular virou contra os próprios congressistas, acusados de proteger interesses privados e do setor financeiro. O episódio acende o alerta no governo, que tenta recuperar o discurso de justiça tributária como eixo central de sua agenda econômica.

Vanessa Neves
Vanessa Neveshttps://diariocarioca.com/
Vanessa Neves é Jornalista, editora e analista de mídias sociais do Diário Carioca. Criadora de conteúdo, editora de imagens e editora de política.
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