Bolsonaro Treme

Ramagem depõe na PF sobre Abin Paralela

Ex-diretor da Abin será ouvido em investigação sobre espionagem

Bolsonaro e Ramagem. Foto: reprodução
Bolsonaro e Ramagem. Foto: reprodução

Rio de Janeiro – O delegado federal Alexandre Ramagem (PL), ex-diretor da Abin e pré-candidato à Prefeitura do Rio, prestará depoimento nesta quarta-feira (17) na Polícia Federal. A operação Última Milha investiga o uso ilegal de sistemas de espionagem durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O que você precisa saber

Investigação de espionagem A operação Última Milha, iniciada em 11 de julho, investiga o uso supostamente ilegal de sistemas de espionagem por autoridades durante o governo de Jair Bolsonaro.

Depoimento de Ramagem Alexandre Ramagem, então diretor da Abin, é apontado como responsável por gravar uma reunião com Jair Bolsonaro e outros, onde discutiram o uso de órgãos públicos para obstruir investigações contra o senador Flávio Bolsonaro.

Reunião secreta Ramagem também será questionado sobre um encontro não oficial com o atual diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa, ocorrido em junho do ano passado.


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Detalhes da notícia

Operação Última Milha

A operação, que começou em 11 de julho de 2023, apura o uso de sistemas de espionagem para monitorar autoridades e adversários políticos. A Abin Paralela, como ficou conhecida, é um dos focos das investigações.

Gravação de reunião

Alexandre Ramagem gravou uma reunião com Jair Bolsonaro, Augusto Heleno e advogadas de Flávio Bolsonaro. Nessa reunião, em 25 de agosto de 2020, discutiram estratégias para usar órgãos oficiais a fim de reverter a investigação contra Flávio, que estava sob suspeita de rachadinha.

Encontro não oficial

Ramagem será questionado sobre um possível encontro secreto com Luiz Fernando Corrêa, atual diretor da Abin, em junho do ano passado. Informações sugerem que essa reunião ocorreu nas instalações da Abin.

Gravação liberada pelo STF

Na segunda-feira (15), o ministro Alexandre de Moraes do STF levantou o sigilo de uma gravação onde discutiram formas de desacreditar investigações contra Flávio Bolsonaro. As movimentações financeiras suspeitas do senador foram identificadas pela Receita Federal, com base em relatórios do Coaf.