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Relator do Orçamento de 2025 projeta superávit de R$ 15 bi

Gastos com precatórios foram excluídos do cálculo final
20 de março de 2025
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Ângelo Coronel - © Lula Marques/Agência Brasil
Ângelo Coronel - © Lula Marques/Agência Brasil

Brasília – O senador Ângelo Coronel (PSD-BA), relator do Orçamento de 2025, apresentou o relatório final na madrugada desta quinta-feira (20). O documento projeta um superávit primário de R$ 15 bilhões nas contas do governo federal, desconsiderando despesas com precatórios, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

“O resultado primário do governo central, excluídas as despesas com precatórios, é de superávit de R$ 15,0 bilhões, cumprindo-se a meta fiscal estabelecida”, afirmou Ângelo Coronel.

A previsão segue o arcabouço fiscal vigente, que impõe um limite para os gastos da União. O superávit ocorre dentro da meta fiscal primária zero, exigida para manter o equilíbrio financeiro do país.

Orçamento de 2025 prevê R$ 5,8 trilhões em despesas

O relatório final do Orçamento estima R$ 5,8 trilhões em despesas para 2025. Deste total:

  • R$ 1,6 trilhão será destinado ao refinanciamento da dívida pública;
  • R$ 1,8 trilhão será usado para a Seguridade Social;
  • R$ 2,2 trilhões serão alocados no orçamento fiscal, financiando os três poderes e autarquias;
  • R$ 166 bilhões serão direcionados a investimentos, como obras e compra de equipamentos.

Reajuste do teto de gastos

O teto de gastos para 2025 foi ajustado conforme a inflação e o crescimento das receitas, seguindo as regras do arcabouço fiscal. O novo limite de despesas primárias é de R$ 2,249 trilhões, um acréscimo de R$ 143,9 bilhões em relação a 2024.

O reajuste levou em conta:

  • Inflação de 4,23%, adicionando R$ 89 bilhões;
  • Crescimento real de 2,5%, aumentando em R$ 54,9 bilhões.

O governo pode elevar despesas acima da inflação em até 2,5%, dependendo da arrecadação.

Emendas parlamentares somam R$ 50,4 bilhões

As emendas parlamentares têm um orçamento de R$ 50,4 bilhões, distribuídos da seguinte forma:

  • R$ 24,5 bilhões para emendas individuais;
  • R$ 14,2 bilhões para bancadas estaduais;
  • R$ 11,4 bilhões para comissões da Câmara e do Senado.

A execução dessas emendas enfrenta questionamentos do STF, que busca mais transparência no uso dos recursos.


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Despesas com pessoal

O relator rejeitou propostas de reajuste para servidores e novas contratações. Entretanto, o relatório destina R$ 33,1 bilhões para despesas com pessoal, refletindo a intenção do governo de fortalecer carreiras e ajustar salários.

Entenda o caso: Orçamento de 2025 e a meta fiscal

  • O relator Ângelo Coronel prevê superávit de R$ 15 bilhões;
  • Os gastos com precatórios foram excluídos, seguindo decisão do STF;
  • O orçamento total é de R$ 5,8 trilhões;
  • O teto de gastos foi ajustado para R$ 2,249 trilhões;
  • Emendas parlamentares somam R$ 50,4 bilhões;
  • O STF questiona a transparência na execução das emendas.

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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