Brasília – O homem que morreu após detonar uma bomba em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta quarta-feira (13) foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos.
Natural de Santa Catarina e conhecido como Tiü França, ele era chaveiro e candidato a vereador em 2020 por Rio do Sul (SC) pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Antes das explosões, Francisco publicou mensagens ameaçadoras nas redes sociais, sugerindo um ataque contra figuras públicas e explicando a escolha da data. “Eu não gosto do número 13”, justificou em um dos textos.
Ameaças e plano detalhado nas redes
Francisco utilizou o Facebook e o WhatsApp para divulgar mensagens que indicavam a intenção de cometer o atentado. Ele afirmou: “Vamos jogar??? Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de merda: William Bonner, José Sarney, Geraldo Alckmin, Fernando Henrique Cardoso… Vocês 4 são VELHOS CEBOSOS nojentos”.
O homem também alertou para o início de uma suposta “contagem regressiva”, que começava às 17h48 do dia do ataque e terminava em 16 de novembro de 2024.
Explosões e identificação do corpo
Francisco era o proprietário do veículo que explodiu no estacionamento entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados. A explosão, registrada por volta das 19h30, causou pânico e levou à evacuação da Praça dos Três Poderes.
Após a detonação, foi confirmado que o corpo encontrado no local pertencia a Francisco Wanderley Luiz. Ele teria usado explosivos enquanto estava em frente à estátua da Justiça, na entrada do STF.
Histórico e comportamento online
Francisco já era conhecido por postagens polêmicas e agressivas nas redes sociais. Ele compartilhou prints de mensagens enviadas a si mesmo, detalhando o plano de explosão e repetindo ameaças contra alvos políticos.
As investigações indicam que Francisco estava agindo sozinho. Contudo, as autoridades seguem analisando os materiais e mensagens deixados por ele para determinar se há conexões com outros grupos ou indivíduos.
Reação das autoridades
O ataque foi classificado pelas forças de segurança como uma tentativa de intimidação ao STF e ao sistema democrático. A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para aprofundar as investigações sobre o caso.
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Perguntas frequentes sobre o ataque ao STF
Quem era Francisco Wanderley Luiz?
Francisco era chaveiro, natural de Santa Catarina, e ex-candidato a vereador em 2020 pelo PL.
O que ele escreveu antes do ataque?
Francisco publicou mensagens ameaçadoras nas redes sociais e no WhatsApp, indicando planos para detonar explosivos contra alvos políticos e mencionando sua aversão ao número 13.
Houve outras explosões?
Além da detonação em frente ao STF, um veículo explodiu no estacionamento entre o Supremo e o Anexo IV da Câmara dos Deputados.
As investigações apontam envolvimento de outras pessoas?
Até o momento, a hipótese principal é de que Francisco agiu sozinho.