STF julga denúncia contra Bolsonaro nesta terça com segurança reforçada

23 de março de 2025
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Foto: Reprodução/ Nelson Jr./SCO/STF
Foto: Reprodução/ Nelson Jr./SCO/STF

Brasília – O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (25) o julgamento que pode tornar réu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados, acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de conspirar para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022. A sessão será conduzida pela Primeira Turma do STF, com transmissão ao vivo pela TV Justiça e segurança reforçada em Brasília.


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O que está em julgamento?

Os ministros do STF decidirão se aceitam a denúncia da PGR contra Bolsonaro e seus aliados. Se acolhida, eles se tornarão réus por crimes como tentativa de golpe de Estado, formação de organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Quando acontece?

  • Terça-feira (25), a partir das 9h30
  • O julgamento pode durar todo o dia e, se necessário, continuar na quarta-feira.

As acusações da PGR

Os denunciados são acusados de:

  • Organização criminosa armada
  • Tentativa de golpe de Estado
  • Atentado contra o Estado Democrático de Direito
  • Dano qualificado ao patrimônio da União
  • Deterioração de patrimônio tombado

Como será o julgamento?

  1. Leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes.
  2. Sustentação oral da PGR, feita pelo procurador-geral Paulo Gonet.
  3. Defesa dos acusados apresenta seus argumentos.
  4. Votação dos ministros, na seguinte ordem: Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Quem são os acusados e seus papéis, segundo a PGR

Jair Bolsonaro

  • Apontado como líder da conspiração golpista.
  • Articulou pressão sobre militares e elaborou o decreto golpista.

Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin)

  • Usou a Abin para espionagem ilegal.
  • Produziu documentos contra as urnas eletrônicas.

Almir Garnier Santos (ex-comandante da Marinha)

  • Participou de reuniões para planejar um golpe militar.

Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)

  • Redigiu o decreto golpista e omitiu-se no 8 de janeiro.

Augusto Heleno (ex-ministro do GSI)

  • Incentivou ataques ao sistema eleitoral.
  • Coordenou o gabinete paralelo do golpe.

Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)

  • Propagou desconfiança contra as urnas e defendeu a intervenção militar.

Walter Braga Netto (general da reserva e ex-ministro)

  • Coordenou o plano “Punhal Verde Amarelo”.

Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro)

  • Guardava documentos golpistas e repassava mensagens.

Contexto: tentativa de golpe e julgamento no STF

As investigações indicam que Bolsonaro e seus aliados tentaram reverter o resultado eleitoral por meio de pressão sobre as Forças Armadas e elaboração de decretos golpistas. O STF agora decidirá se há elementos para torná-los réus.

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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