Brasília – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o deputado federal Nikolas Ferreira já dão sinais de distanciamento de Jair Bolsonaro. Ambos articulam suas próprias estratégias para a eleição presidencial de 2026, sem depender diretamente do ex-presidente, que está inelegível até 2030.
Tarcísio, ex-ministro da Infraestrutura, tem adotado uma postura mais institucional e busca consolidar sua imagem como gestor técnico. Ele evita se envolver em polêmicas ligadas ao ex-presidente e mantém diálogo com setores do centro político. Nos bastidores, já articula apoios para uma possível candidatura independente da extrema-direita tradicional.
Nikolas Ferreira, por outro lado, aposta na projeção da sua própria imagem para conquistar o eleitorado conservador jovem. Mesmo tendo iniciado sua trajetória como um ferrenho defensor de Bolsonaro, tem buscado construir um discurso próprio. Sua recente associação com Renato Trezoitão, influenciador crítico a Bolsonaro, causou desconforto entre apoiadores fiéis do ex-presidente.
A fragmentação da extrema-direita
A distância entre Tarcísio e Nikolas em relação a Bolsonaro reflete um momento de indefinição dentro da extrema-direita brasileira. Sem a presença do ex-presidente nas eleições, diferentes lideranças disputam o espólio eleitoral do bolsonarismo.
Lideranças políticas já observam que a próxima corrida presidencial pode contar com múltiplos candidatos desse espectro ideológico. A falta de uma figura unificadora pode gerar uma dispersão de votos e enfraquecer a força eleitoral da extrema-direita.
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Repercussão entre apoiadores
A base bolsonarista observa com preocupação o afastamento de Tarcísio e Nikolas. Muitos eleitores enxergam a movimentação como uma traição ao ex-presidente. Entretanto, aliados de ambos defendem que o distanciamento é estratégico e busca garantir a continuidade da influência política da direita conservadora.
Entenda a disputa na direita em 2026
- Jair Bolsonaro está inelegível até 2030, deixando um vácuo de liderança.
- Tarcísio de Freitas tenta se consolidar como um gestor independente.
- Nikolas Ferreira investe na sua própria imagem para atrair o eleitorado jovem.
- A fragmentação da extrema-direita pode dificultar a formação de um candidato único.
Com informações do DCM
