Brasília – Durante o julgamento do Marco Civil da Internet no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Dias Toffoli trouxe um tom poético ao debate ao citar e cantar trechos da música “Pela Internet”, de Gilberto Gil, lançada em 1997.
A canção foi mencionada por Toffoli como exemplo de visão futurista sobre a revolução digital, destacando a influência cultural do artista brasileiro.
Toffoli, acompanhado pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, relembrou trechos da canção, conectando a letra ao contexto do julgamento sobre a responsabilidade das plataformas digitais pelo conteúdo publicado.
“Criar meu website, fazer minha homepage, com quantos gigabytes se faz uma jangada, um barco que veleje”, cantou o ministro, com apoio de Barroso, que completou: “Justiça também é poesia”.
Música e tecnologia no debate jurídico
Toffoli destacou a relevância da música “Pela Internet”, comparando-a a “Pelo Telefone”, o primeiro samba gravado no Brasil, lançado na década de 1910. Para ele, Gilberto Gil antecipou a importância da internet em um mundo cada vez mais conectado.
Além disso, o ministro comentou o impacto da canção no contexto da revolução tecnológica dos anos 1990, reforçando o papel transformador da internet na comunicação global.
Julgamento do Marco Civil da Internet
O STF discute a responsabilidade das redes sociais por conteúdos publicados em suas plataformas. Este julgamento envolve questões importantes, como a regulamentação de publicações e os limites de atuação das plataformas para remover conteúdos impróprios.
Participação do ministro após cirurgia
Dias Toffoli compareceu à sessão utilizando óculos de proteção devido a uma cirurgia ocular recente. Mesmo assim, ele leu documentos e participou ativamente dos debates.