Brasília – A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), solicitou ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva que a decisão sobre o retorno do horário de verão seja adiada para depois das eleições municipais de outubro. A preocupação da ministra é que a mudança impacte a logística do pleito, especialmente em estados com fusos horários diferentes.
Resumo da Notícia
- Solicitação do TSE: A ministra Cármen Lúcia pediu ao governo que adie a implementação do horário de verão até o final das eleições municipais.
- Preocupações operacionais: A ministra alertou sobre dificuldades na logística eleitoral, como a chegada de mesários em horários antecipados em estados com fuso diferente de Brasília.
- Resposta de Lula: O presidente indicou que só tomará a decisão antes das eleições se o Brasil enfrentar uma crise energética grave, o que especialistas não preveem no momento.
- Contexto: O Ministério de Minas e Energia avalia a volta do horário de verão devido à seca extrema, que já elevou a conta de luz e aumentou a necessidade de usinas termelétricas.
Impacto nas eleições e preocupação do TSE
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), liderado pela ministra Cármen Lúcia, expressou receios sobre o possível retorno do horário de verão. Segundo a ministra, a mudança poderia afetar diretamente a operacionalização das eleições municipais de outubro, principalmente em estados que seguem fusos diferentes do horário de Brasília.
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A solicitação ao governo
A ministra levou a questão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por meio de interlocutores, e também discutiu o tema com os ministros José Múcio Monteiro (Defesa) e Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública). Segundo ela, alterar os horários às vésperas das eleições poderia causar transtornos, especialmente com as urnas eletrônicas já programadas e lacradas.
Avaliação do Ministério de Minas e Energia
O retorno do horário de verão está sendo avaliado pelo governo como uma possível solução para a crise energética causada pela seca severa. Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, além de ajudar na economia de energia, o horário de verão impacta positivamente setores como turismo, bares e restaurantes.
Argumentos a favor da volta do horário de verão
O governo argumenta que o horário de verão pode diminuir a demanda de energia no final da tarde, horário considerado crítico para o sistema elétrico. Nesse período, há uma queda na produção de fontes renováveis, como energia solar e eólica, ao mesmo tempo em que o consumo residencial aumenta com o uso de ar-condicionado, ventiladores e aparelhos domésticos.
Perguntas Frequentes
Por que o TSE pediu para adiar o horário de verão?
A ministra Cármen Lúcia, do TSE, teme que a implementação do horário de verão possa afetar a logística das eleições municipais, principalmente nos estados que seguem fusos horários diferentes do horário oficial de Brasília.
Lula vai adiar a decisão sobre o horário de verão?
O presidente Lula indicou que só tomará a decisão de retomar o horário de verão antes das eleições se houver uma crise energética severa, o que não é previsto por especialistas no momento.
O horário de verão vai voltar em 2023?
O governo está avaliando a possibilidade de retorno do horário de verão devido à crise energética causada pela seca extrema. No entanto, a decisão pode ser adiada para depois das eleições de outubro.
Por que o horário de verão foi extinto?
O horário de verão foi extinto em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que argumentou que a medida não trazia mais os benefícios energéticos que justificassem sua aplicação.