Vice-líder do PT na Câmara diz que Hugo Motta garantiu que anistia a condenados pelo 8/1 não será pautada

Motta busca equilíbrio entre PT e PL sobre pauta polêmica

Redacao
Por Redacao
3 Min Read

Brasília – O deputado Hugo Motta, favorito à presidência da Câmara, enfrenta um dilema sobre o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O vice-líder do PTRogério Correia, afirma que Motta prometeu não pautar a proposta, enquanto bolsonaristas esperam o contrário.

A divergência coloca em xeque o apoio de ambos os grupos à candidatura de Motta. O deputado tenta equilibrar as expectativas para manter uma ampla base de apoio na disputa pela sucessão de Arthur Lira.

Promessas conflitantes

Correia declarou que Motta garantiu ao PT não pautar a anistia. “Hugo Motta prometeu ao PT que não pautará a anistia e que, se Lira não resolvesse, ele resolveria”, afirmou o petista.

Contudo, parlamentares bolsonaristas contam com o avanço da proposta. Eduardo Bolsonaro destacou a importância do tema: “Temos trabalhado este assunto, sim, principalmente a anistia aos condenados pelo 8 de janeiro”.

Estratégia de Lira

Em outubro de 2024, Lira criou uma comissão especial para analisar o projeto, atrasando sua tramitação. A medida visava evitar que o tema interferisse no processo sucessório da Câmara.

“O tema deve ser debatido pela Casa, mas não pode ser elemento de disputa política com a eleição da Mesa Diretora”, justificou Lira à época.

Impacto nas articulações

A questão da anistia tornou-se um ponto sensível nas negociações para a presidência da Câmara. Motta busca manter o apoio tanto do PT quanto do PL, partidos com posições antagônicas sobre o assunto.

O candidato evita se comprometer publicamente, tentando não desagradar nenhum dos lados. Essa postura, porém, gera incertezas sobre o futuro da proposta caso ele seja eleito.

Cenário pós-eleição

A definição sobre o andamento do projeto de anistia provavelmente ocorrerá apenas após a eleição para a presidência da Câmara, marcada para fevereiro de 2025.

Enquanto isso, a base governista e a oposição mantêm expectativas divergentes, aumentando a pressão sobre o provável novo presidente da Casa.

Entenda o caso: A polêmica da anistia aos envolvidos no 8 de janeiro

  • Projeto de lei: Propõe perdão aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023
  • Divergência partidária: PT contra a anistia, PL a favor
  • Comissão especial: Criada por Lira para adiar a discussão do tema
  • Sucessão na Câmara: Hugo Motta busca apoio de ambos os lados
  • Expectativas conflitantes: Promessas diferentes feitas a PT e PL
Compartilhe esta notícia