WASHINGTON – O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não foi convidado para a posse do presidente eleito Donald Trump nos Estados Unidos.
Segundo ele, Bolsonaro também estaria receoso de viajar devido a investigações em solo americano que incluem suspeitas de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos.
Na sexta-feira (17), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou um pedido de Bolsonaro para liberação de seu passaporte.
A decisão reforçou que o ex-presidente não apresentou prova formal de convite para o evento em Washington, marcado para o dia 20 de janeiro.
Weintraub menciona acusações nos EUA
Weintraub, que ocupou o cargo de ministro durante parte do governo Bolsonaro, declarou que as investigações contra o ex-presidente nos Estados Unidos estão “bem avançadas”.
Ele mencionou suspeitas que incluem venda de produtos roubados e afirmou que Bolsonaro já deveria ter sido julgado. “É mentira que ele recebeu o convite para a posse na Casa Branca”, pontuou.
Bolsonaro enfrenta dificuldades para deixar o Brasil, pois seu passaporte permanece bloqueado. Essa foi a quarta decisão do STF negando o recurso de seus advogados, que haviam solicitado permissão para ele viajar entre 17 e 22 de janeiro.
Bolsonaro comenta decisão de Moraes
Na manhã deste sábado (18), Bolsonaro esteve no Aeroporto Internacional de Brasília para acompanhar a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que embarcou para os Estados Unidos.
Em declarações emocionadas, ele voltou a criticar Alexandre de Moraes, embora tenha evitado mencioná-lo diretamente.
O ex-presidente acusou o ministro de tentar destruir a direita no Brasil e classificou a situação como uma “perseguição política”.
Além disso, Bolsonaro defendeu o voto impresso e minimizou o impacto das investigações relacionadas à tentativa de golpe em 8 de janeiro.
STF mantém decisão sobre passaporte
Desde 2022, Bolsonaro enfrenta bloqueios jurídicos que o impedem de viajar ao exterior. O STF justificou a retenção do passaporte com base na ausência de provas concretas de convite para o evento nos Estados Unidos.
Moraes enviou o caso para análise da Procuradoria-Geral da República, que segue investigando o ex-presidente em outros processos.
Entenda as acusações contra Bolsonaro nos EUA
- Investigações em curso: Formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos.
- Supremo Tribunal Federal: Bloqueio do passaporte para evitar saída do país sem justificativa clara.
- Posse de Trump: Weintraub afirma que Bolsonaro não foi convidado.
- Críticas ao STF: Bolsonaro acusa Moraes de perseguição política e tenta mobilizar sua base.