Brasília – O Partido dos Trabalhadores (PT) apresentou uma representação ao Conselho de Ética da Câmara contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) nesta sexta-feira (14). A sigla acusa o parlamentar de quebra de decoro por ataques considerados machistas, misóginos e caluniosos contra a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
O documento, assinado pelo presidente interino do PT, Humberto Costa (PE), também aponta que Lindbergh Farias (PT-RJ), Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Hugo Motta (Republicanos-PB) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram alvos de calúncias por parte de Gayer. O partido alega que o deputado distorceu uma fala de Lula durante um evento no Palácio do Planalto sobre a escolha de Gleisi Hoffmann para o ministério.
Acusações contra Gustavo Gayer
O PT afirma que Gayer fez insinuações ofensivas ao questionar se Lindbergh Farias aceitaria que Lula “oferecesse sua esposa” aos presidentes da Câmara e do Senado. Segundo a representação, o deputado comparou a declaração de Lula à de um “cafetão oferecendo uma acompanhante”.
A sigla considera que as falas de Gayer violam o Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, que exige respeito à Constituição, às leis e ao aprimoramento das instituições democráticas.
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Possíveis crimes cometidos
A representação também destaca possíveis crimes cometidos por Gayer, como:
- Difamação (Art. 139, Código Penal)
- Injúria (Art. 140, Código Penal)
- Violência política de gênero (Art. 326-B, Código Eleitoral), no caso específico de Gleisi Hoffmann
O PT sustenta que as ofensas ferem a honra de representantes dos poderes do Estado e buscam desqualificar a trajetória política de Gleisi Hoffmann.
Leia a íntegra do documento protocolado no Conselho de Ética.
Entenda o caso Gustavo Gayer e a ação do PT
- O deputado Gustavo Gayer fez ataques a Gleisi Hoffmann e outros políticos em suas redes sociais.
- A fala de Lula sobre a ministra foi distorcida pelo parlamentar.
- O PT acionou o Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro.
- O partido acusa Gayer de calúnia, injúria e violência política de gênero.
- A representação foi assinada pelo senador Humberto Costa.