• Anuncie
  • Contato
sábado, março 6, 2021
26 °c
Rio de Janeiro
Diário Carioca
Sem resultados
ver todos os resultados
  • Capa
  • Rio de Janeiro
  • Brasil
    • Ciência e Ambiente
    • Direitos Humanos
    • Educação
    • Economia
    • Justiça
    • Saúde
  • Mundo
  • Política
  • Esportes
    • Futebol
    • Botafogo
    • Flamengo
    • Fluminense
  • Estilo
    • Tecnologia
    • Carros
    • Viagem
    • Vasco da Gama
  • Horóscopo
  • Pop & Cult
    • Arte
    • Carnaval
    • Cultura
    • Famosos
    • Filmes e Séries
    • Giro Carioca
    • Livros
    • Música
    • Teatro
    • Televisão
    • Novelas
Diário Carioca
Sem resultados
ver todos os resultados
Diário Carioca
Sem resultados
ver todos os resultados
- Publicidade -
Diário Carioca Pop & Cult Livros

Hemingway, García Márquez, Rubem Fonseca, Luiz Alfredo Garcia-Roza. Uma janela em Copacabana sob o silêncio da chuva

Por Redação do Diário Carioca
publicado há 1 mês
em Livros
Templo de Leitura:4minutos
A A
O escritor mineiro Rubem Fonseca - Foto: Divulgação

O escritor mineiro Rubem Fonseca - Foto: Divulgação

172.2k
Ações
302.1k
Views
FacebookTwitterWhatsapp
- Publicidade -

RAY CUNHA, DE BRASÍLIA – Todo leitor inveterado elege um time de escritores dos quais gostaria de ser amigo, de conviver com eles, fazer parte de suas vidas, ou pelo menos de ter sido amigo deles. Entretanto há os escritores favoritos, de quem gostaríamos de ser amigos, mas de quem não há a menor possibilidade de nos aproximarmos deles, de os acompanharmos, até porque já morreram.

Dos que já morreram gostaria de ter convivido principalmente com dois: Ernest Hemingway e Gabriel García Márquez. Com Hemingway, provavelmente eu teria morrido de tanto beber, ou de cansaço durante uma pescaria longa ao marlim azul. Mas, até lá, teria batido muito papo com ele na Finca Vigia, em Havana, Cuba, ou em Paris, ou na África. Papo de dias, conversando sobre tudo, especialmente literatura, escritores, bebida, boxe, peixes e, certamente, mulheres.

Leia Também

Projeto literário recebe escritor carioca que percorreu países africanos ouvindo histórias ao longo de 20 anos

O papel crucial da América Latina na Segunda Guerra Mundial

Com Gabriel García Márquez, ele teria desvendado, para mim, o Caribe, teria comentado sobre suas bruxarias literárias, contado algum segredo sobre as mulheres, que me iluminasse ao me relacionar com elas, e teríamos ouvido o silêncio das madrugadas e do Caribe, como em Belém do Pará.

Outro com quem eu gostaria de ter convivido é com Rubem Fonseca. Rubem criou o conto e o romance brasileiro das megalópoles. Eu ainda não o lera quando criei também o conto e o romance que se movem nas metrópoles da Amazônia: Belém/PA, Manaus/AM, e Macapá/AP também. Quem sabe, se houvéssemos convivido, não teríamos batido muito papo e batido perna no Rio de Janeiro, cidade que Rubem elegeu como sua.

Copacabana foi meu amor durante dois anos inteiros, há muito tempo, mas é como se fosse agora. Nasci em Macapá, na Amazônia caribenha; minhas raízes cabocas são a fibra do que sou feito, mas o DNA de todos nós é como um laboratório alquímico que nos vai modificando, ampliando nossa mente, ao longo das sucessivas encarnações, de modo que Copacabana, o Rio, mudou o curso da minha vida. Em vez de só pensar em Macapá, entrou mais uma cidade na minha perspectiva. E foi com esse espírito que conheci Luiz Alfredo Garcia-Roza.

Desde que o li pela primeira vez, em 2002, em Uma Janela em Copacabana, que me apaixonei por ele. E de tanto o ler é que comecei a imaginar uma amizade entre nós dois, no Rio, ele repartindo comigo um pouquinho da sua imensa sabedoria, do seu intelecto descomunal, da sua rica experiência de vida, me falando sobre o Rio, sobre literatura, sobre a alma, sobre mulheres.

Tenho plena consciência de que essas amizades impossíveis não meras fantasias, a que me dou ao luxo, pois me encontro firmemente alicerçado no meu mundo mental, nas minhas experiências, que me dão o rumo de para onde seguir. Assim, curto os amigos no coração, que é o local onde sempre estou.

O carioca Luiz Alfredo Garcia-Roza desencarnou no ano passado, aos 84 anos. Psicanalista, ensaísta e professor universitário, aos 60 anos largou tudo o que vinha fazendo para se dedicar à ficção, estreando com O Silêncio da Chuva, laureado com o Jabuti e o Nestlè, em 1997. Desde então, escreveu mais 11 romances policiais, todos ambientados no Rio de Janeiro, especialmente em Copacabana e no Peixoto, um bairro dentro de Copacabana, onde mora o delegado Espinosa, personagem recorrente de seus livros, e que trabalha na 12ª DP, na Rua Hilário de Gouveia.

Nos 12 romances que escreveu ao longo de 24 anos, Roza se revelou um mestre do gênero policial, traduzido para vários idiomas. Suas personagens são tão de carne e osso que lhes sentimos o cheiro, e suas tramas são tão intricadas como as da vida real. E o Rio é descortinado sob a ótica de um policial singular, o delegado Espinoza, de caráter irrepreensível, leitor inveterado, viajor de fantasias, mas que, ao investigar um caso, vai até o fim, por uma razão: é imperioso que o caso seja deslindado, o que significa dizer desnudar a alma das pessoas envolvidas nele, pois para tudo há uma razão, e é atrás dessa razão que Espinoza anda.

Assim, o que o move é o mistério. “Quem gosta de whodunit (quem fez isso?) é cão farejador. O crime, qualquer um pode desvendar. O enigma, não. O que importa é o que está por trás do crime, suas motivações, o silêncio” – disse Roza, lembrando Crime e Castigo, de Dostoiévski. “Não é um desvendamento de um assassinato. O Dostoiévski mostra o crime logo no início, assim como fiz em O Silêncio da Chuva. E ninguém deixou de ler por causa disso.”

A Copacabana de Espinosa é noir, um enxame de personagens excessivamente humanos. Já dizia Rubem Fonseca: “O Rio não é aquilo que se vê do Pão de Açúcar”. As tramas de Roza geralmente se passam entre o Bairro Peixoto, a Rua Hilário de Gouveia e a praia. Nessa região, ele frequenta La Trattoria, sebos, a Galeria Menescal, onde compra quibes no Baalbek, e gosta de caminhar, simplesmente caminhar, assim como eu. O simples ato de caminhar é repleto de nuanças, de visões, de perspectivas. 

É nesse cenário que as tramas de Roza vão dando vida ao tecido. “Quase sempre parto de um fato bobo e sem expressão. Certa vez vi um menino saindo debaixo de uma caixa de papelão. Esse foi o ponto de partida para Achados e Perdidos, por exemplo. Eu não costumo fazer um plot. A trama surge enquanto escrevo, no meio do livro” – disse Roza.

Perguntado se ele mataria Espinosa, como Conan Doyle fez com Sherlock Holmes, Roza respondeu: “Não tenho plano de matá-lo, mas não está fora de cogitação. No dia em que ele começar a ser repetitivo, terei que tomar uma decisão”. Espinosa sobreviveu a Roza

Tudo sobre: García MárquezHemingwayLuiz Alfredo Garcia-RozaRubem Fonseca
Notícia anterior

Dia da Gula: Roteiro de pratos e petiscos no Rio de Janeiro

Próxima notícia

Resumo da novela Floribella de 25 a 29 de janeiro de 2021

Mais Notícias

BBB Literário - Skeelo Skeelo

Amanhã tem eliminação no BBB e se os Brothers fossem um livro?

O frenesi que o Big Brother Brasil, o BBB, tem causado nesta edição é realmente um fenômeno. Dias de votação...

Marxismo: O Ópio dos Intelectoides Latino-Americanos

Marxismo: O Ópio dos Intelectoides Latino-Americanos já nasce como um clássico da exumação editorial do comunismo e do lulo-petismo

O comunismo começou a desmoronar juntamente com do Muro de Berlim e a dissolução da União Soviética.

Leitura Digital

Ler também é remédio para a ansiedade

Confira 5 livros que ajudam no equilíbrio emocional

A festa do bode

A bacanal do Bode

Mario Vargas Llosa começou a ganhar o Nobel em 2000, quando publicou A festa do bode (La fiesta del chivo,...

Ray Cunha e Roberto Carlos, Manaus, 1976

Roberto Carlos e a música azul

No início dos anos 1970, Roberto Carlos já era uma celebridade internacional, encantando o mundo com a melodia da sua...

Que recursos tecnológicos podem melhorar a produção de nosso livro?

Que recursos tecnológicos podem melhorar a produção de nosso livro?

Sem ir mais longe, há muitos autores que primeiro emergiram do mundo on-line e depois desembarcaram na indústria editorial

Dialogar com a ansiedade – Uma vereda para o cuidado

Dialogar com a ansiedade – Uma vereda para o cuidado

Por que só controlar e lutar contra a ansiedade, se ela pode ser uma aliada saudável e produtiva? O livro...

Jambu - Foto: Divulgação

Descoberto rio equivalente ao Amazonas a 4 mil metros de profundidade. Isso já foi revelado no romance JAMBU

Em JAMBU, um trabalho também ensaístico, personagens de ficção convivem com pessoas reais, mortas e vivas, como, por exemplo, o...

A garota marcada para morrer

Os homens que não amam as mulheres. A garota marcada para morrer

Neste artigo não vou falar de Dan Brown, mas do sueco Stieg Larsson. Da sua trilogia, Millennium: Os homens que...

Caravana da Leitura e do Autor Fluminense terá ações para crianças e mediadores de leituras

Projeto promove acesso à leitura no Rio de Janeiro

Caravana da Leitura e do Autor Fluminense terá ações para crianças e mediadores de leituras

Veja Mais
Próxima notícia
resumo-da-novela-floribella-de-25-a-29-de-janeiro-de-2021

Resumo da novela Floribella de 25 a 29 de janeiro de 2021

Comentários post

Últimas Notícias

Os 5 cassinos mais badalados de Las Vegas de acordo com os jogadores
Viagem

Os 5 cassinos mais badalados de Las Vegas de acordo com os jogadores

Clonagem de WhatsApp continua fazendo vítimas - Pexels
Tecnologia

Golpe de clonagem de WhatsApp continua fazendo vítimas no Brasil

Televisão

Arcanjo Renegado – A hora e a vez da Capitã Luciana

Marcelo Alves foi dispensado do Vasco da Gama
Vasco da Gama

Reforços do Vasco: Cabo dispensa Marcelo Alves e indica zagueiros de sua confiança

Decisões foram tomadas pelo prefeito após a degradação do sistema de transporte - Divulgação/Prefeitura
Rio de Janeiro

Prefeitura do Rio de Janeiro fará licitação do BRT

Mais Lidas

  • Horóscopo - Diário Carioca

    Horóscopo de quinta-feira 04 de março de 2021

    173195 shares
    Share 69278 Tweet 43299
  • Horóscopo de quarta-feira 03 de março de 2021

    172433 shares
    Share 68973 Tweet 43108
  • Os 5 cassinos mais badalados de Las Vegas de acordo com os jogadores

    172232 shares
    Share 68893 Tweet 43058
  • Reforços do Vasco: Cabo dispensa Marcelo Alves e indica zagueiros de sua confiança

    172276 shares
    Share 68910 Tweet 43069
  • Reforços do Vasco:: Clube prioriza goleiro, zagueiros e meias

    172244 shares
    Share 68898 Tweet 43061
- Publicidade -
Diário Carioca

© 2021 - Direitos Reservados

Links útei

  • Anuncie
  • Contato
  • Política de privacidade
  • Quem Somos

Siga-nos

Sem resultados
ver todos os resultados
  • Capa
  • Rio de Janeiro
  • Brasil
    • Ciência e Ambiente
    • Direitos Humanos
    • Educação
    • Economia
    • Justiça
    • Saúde
  • Mundo
  • Política
  • Esportes
    • Futebol
    • Botafogo
    • Flamengo
    • Fluminense
  • Estilo
    • Tecnologia
    • Carros
    • Viagem
    • Vasco da Gama
  • Horóscopo
  • Pop & Cult
    • Arte
    • Carnaval
    • Cultura
    • Famosos
    • Filmes e Séries
    • Giro Carioca
    • Livros
    • Música
    • Teatro
    • Televisão
    • Novelas

© 2021 - Direitos Reservados

Este site usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies .