Reunificação de China e Taiwan "pode e será conseguida", diz Xi Jinping

O presidente da China, Xi Jinping, afirmou neste sábado que o país pode e vai conseguir a reunificação com Taiwan, ilha considerada por Pequim como uma província rebelde

Xangai, 9 out (EFE).- O presidente da China, Xi Jinping, afirmou neste sábado que o país pode e vai conseguir a reunificação com Taiwan, ilha considerada por Pequim como uma província rebelde.

“A reunificação completa de nosso país pode e será conseguida”, disse Xi ao final de um discurso comemorativo dos 110 anos da Revolução Xinhai (1911), que acabou com séculos de poder dinástico na China e levou à criação da República da China.

Embora em ocasiões anteriores Xi não tenha descartado o uso da força para integrar Taiwan, hoje ele garantiu que o país vai seguir o “princípio básico da ‘reunificação pacífica”.

“A reunificação nacional por meios pacíficos é do interesse geral da nação chinesa, incluindo nossos compatriotas de Taiwan”, declarou, mencionando a estrutura ‘um país, dois sistemas’ – aplicada em Hong Kong e Macau, que prevê a autonomia em várias áreas – como uma opção para a ilha.

O presidente chinês chamou os “compatriotas de ambos os lados do estreito (de Taiwan)” para “ficarem do lado certo da história”, advertindo que aqueles que promovem a independência de Taiwan são “o maior obstáculo” à reunificação e um “grave perigo”.

Taiwan tem sido governada de forma autônoma desde o fim da guerra civil em 1949, após a vitória dos comunistas, que também viram os membros do Kuomintang (partido nacionalista) se refugiarem na ilha, onde mantiveram a estrutura da República da China, que oficialmente continua a reivindicar o controle do território continental, dominado pela República Popular.

No entanto, com a transição para a democracia desde o final dos anos 80, tem havido apelos crescentes na ilha para declarar a independência de Taiwan como um Estado soberano.

A respeito, Xi afirmou que “aqueles que esquecem sua herança, traem a pátria e procuram dividir o país não terão um bom fim e serão desprezados pelo povo e condenados pela história”.

Depois de reiterar que a “questão de Taiwan” é um assunto interno no qual outros países não devem interferir, Xi acrescentou que “ninguém deve subestimar a determinação, vontade e capacidade do povo chinês de defender sua soberania nacional e integridade territorial”.

Para o líder comunista, a separação “de fato” da ilha do resto do país surgiu “da fraqueza e do caos da nação” e será resolvida quando seus planos de “rejuvenescimento nacional” forem realizados.

“A reunificação é a esperança de todos os chineses. Se a China puder ser reunificada, todos os chineses viverão uma vida feliz. Se não, todos sofrerão”, enfatizou Xi, lembrando um dos grandes protagonistas da Revolução de 1911 e o fundador do Kuomintang, Sun Yat Sen.

Primeiro presidente da República da China, Sun permanece uma figura venerada tanto na China continental como em Taiwan, uma admiração compartilhada que decorre de sua luta para acabar com o domínio imperial e modernizar o país. EFE

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