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Alexandre Ramagem responsabiliza ex-servidores em depoimento à PF no Rio

Ex-diretor da Abin nega esquema de espionagem ilegal

Alexandre Ramagem - Foto: Reprodução
Alexandre Ramagem - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – Em depoimento à Polícia Federal, o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, respondeu a cerca de 130 perguntas. Ele negou ter dado ordem para monitoramento ilegal e responsabilizou ex-servidores.


O que você precisa saber

Quem é Alexandre Ramagem?
Ele é o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e atualmente deputado federal.

O que Ramagem disse à Polícia Federal?
Ramagem negou qualquer ordem para um esquema de monitoramento ilegal e responsabilizou os ex-servidores Marcelo Araújo Bormevet e Giancarlo Gomes Rodrigues pelas atividades de espionagem.

Quais são as evidências?
A Polícia Federal apresentou um relatório ao ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal, mostrando conversas entre os ex-servidores sobre dossiês contra autoridades.

Quais autoridades foram alvo?
As autoridades citadas incluem o delegado Daniel Rosa, da Delegacia de Homicídios do Rio, e a promotora Simone Sibilio do Nascimento, do Gaeco do Ministério Público do Rio.

Qual foi a reação de Ramagem?
Ramagem afirmou que desconhecia qualquer monitoramento clandestino de figuras do Legislativo, do Judiciário ou de jornalistas.


Ramagem nega envolvimento

Alexandre Ramagem respondeu a cerca de 130 perguntas da Polícia Federal em um depoimento que durou quase sete horas. Ele negou ter dado qualquer ordem para monitoramento ilegal e afirmou que as atividades de espionagem foram responsabilidade de ex-servidores da Abin, Marcelo Araújo Bormevet e Giancarlo Gomes Rodrigues.


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Evidências apresentadas

A Polícia Federal encaminhou um relatório ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mostrando conversas entre Bormevet e Rodrigues sobre a criação de dossiês contra autoridades. Essas evidências incluem o delegado Daniel Rosa e a promotora Simone Sibilio do Nascimento, que estavam à frente das investigações do homicídio da vereadora Marielle Franco.

Discussão sobre decreto presidencial

A Polícia Federal também revelou diálogos entre os ex-servidores sobre um possível decreto presidencial para instaurar um Estado de Defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esse decreto visaria garantir a integridade do processo eleitoral presidencial de 2022.

Ramagem desconhece monitoramento

Apesar das acusações, Alexandre Ramagem afirmou em seu depoimento que não tinha conhecimento de qualquer tipo de monitoramento clandestino de figuras do Legislativo, do Judiciário ou de jornalistas.