Ato pró-Bolsonaro em Copacabana reúne 18,3 mil, diz estudo

Expectativa de 1 milhão de pessoas não se concretiza em manifestação que pede anistia aos golpistas.
16 de março de 2025
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Ato fracassado de Bolsonaro
Ato fracassado de Bolsonaro

O ato convocado por Jair Bolsonaro em Copacabana, no último domingo (16), para pedir a anistia dos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro, ficou aquém das expectativas. Embora a organização tenha estimado a presença de até 1 milhão de pessoas, um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) revelou que o público foi de apenas 18,3 mil pessoas. O cálculo, feito pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital, utilizou imagens aéreas analisadas por software de inteligência artificial.

A manifestação aconteceu uma semana antes do julgamento de uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) no Supremo Tribunal Federal (STF), que pode tornar Bolsonaro réu. O evento contou com a presença de diversas figuras políticas, como governadores e senadores, e reforçou a pressão pela anistia aos envolvidos no ataque às instituições públicas.

Ato não alcança os números esperados

A manifestação, que tinha como principal pauta a anistia aos golpistas de 8 de janeiro, acabou com um número bem abaixo do que havia sido esperado. Além de Bolsonaro, participaram do evento os governadores Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Tarcísio Freitas (São Paulo), Jorginho Mello (Santa Catarina) e Mauro Mendes (Mato Grosso), assim como os senadores Flávio Bolsonaro e Magno Malta.

No palco, Bolsonaro discursou, defendendo a anistia aos condenados, alegando que os manifestantes não cometeram atos de maldade e foram vítimas de uma armadilha. Ele citou ainda o nome de mulheres condenadas, criticando as acusações contra elas.

Discurso e pedidos de anistia

Além de Bolsonaro, o governador Cláudio Castro também fez um discurso, alegando que o governo Lula usaria as prisões de manifestantes para manter sua base de apoio. Castro pediu a anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, que ele chamou de “pessoas inocentes”.

O evento ainda contou com pedidos de impeachment de Lula e manifestações em apoio ao retorno de Bolsonaro ao poder, apesar de o ex-presidente ser inelegível até 2030. A maioria dos participantes estava vestida de amarelo e portava cartazes pedindo anistia para os envolvidos nos atos golpistas.

Condenações e prejuízos pelos ataques golpistas

Até o momento, o STF já condenou 481 pessoas pelos ataques de 8 de janeiro:

  • 255 condenados por crimes graves, com penas que chegam a 17 anos e 6 meses de prisão.
  • 226 receberam penas menores, algumas substituídas por restrições de direitos.
  • 61 investigados estão foragidos.

A Advocacia-Geral da União (AGU) estima que os danos causados pelos ataques ultrapassam R$ 26,2 milhões.

Entenda o caso:

  • Manifestação de Bolsonaro: Ato pró-anistia realizado em Copacabana no dia 16 de março de 2025.
  • Expectativa e público: O evento teve uma estimativa de 1 milhão de pessoas, mas reuniu apenas 18,3 mil, conforme estudo da USP.
  • Governadores e senadores presentes: Participaram os governadores Cláudio Castro, Tarcísio Freitas, Jorginho Mello e Mauro Mendes, além de senadores e outros políticos.
  • Pedido de anistia: O evento teve como principal pauta a anistia para os condenados pelos ataques de 8 de janeiro.
  • Ataques golpistas: Já houve 481 condenações, com penas graves para os envolvidos. Os danos causados ao patrimônio público foram de R$ 26,2 milhões.

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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