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Calor extremo no Rio de Janeiro vira pauta em plenária da Alerj

Deputada Lilian Behring chama governador e prefeitos a tratarem a emergência climática como prioridade para a saúde pública

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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

Na última quarta-feira, 19, durante a plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), a deputada estadual Lilian Behring (PCdoB) abordou um tema urgente e de extrema relevância diante das altas temperaturas que atingem o estado: o impacto do calor extremo nas populações mais vulneráveis. A parlamentar destacou que, enquanto muitas pessoas vivem em ambientes climatizados, há um número crescente de mortes devido ao calor, principalmente entre idosos, pessoas em situação de rua e trabalhadores expostos às condições adversas no transporte público. Segundo Lilian, essa situação tem gerado vítimas por insolação, desidratação e o agravamento de doenças crônicas como hipertensão e diabetes.

Em seu discurso, a deputada ressaltou a necessidade urgente de ações para proteger essas populações, com especial atenção aos pacientes internados em hospitais. Lilian apontou que os sistemas de ar-condicionado em várias unidades hospitalares, tanto estaduais quanto municipais, frequentemente falham, comprometendo o atendimento e o bem-estar dos pacientes.

“Os hospitais precisam de soluções imediatas para garantir a climatização adequada. E quando esses sistemas falham, não podemos sequer acionar uma licitação emergencial para resolver o problema”, afirmou.

A deputada fez um apelo, não só ao governador do Estado, mas também aos prefeitos, para que considerem as emergências climáticas como uma questão de saúde pública.

“Estamos em uma fase de sobrevivência e é crucial agir rapidamente para salvar vidas”, concluiu Lilian Behring.

A necessidade de uma ação mais eficaz foi reforçada por notícias recentes, como a situação no Hospital do Fundão, onde, de acordo com funcionários, eles mesmos tiveram que arrecadar fundos para comprar ventiladores, devido à falha no ar-condicionado. Os pacientes e profissionais de saúde enfrentaram, por muitas vezes, condições insalubres, com temperaturas tão altas que tornavam os tratamentos ineficazes, como foi o caso de um paciente com febre, conforme divulgado anteriormente na mídia.

Além disso, o transporte público no Rio de Janeiro também tem sido alvo de fiscalizações por operar com ônibus sem ar-condicionado, prejudicando a segurança e o conforto dos passageiros. Em janeiro de 2025, 130 ônibus foram autuados por essa falha, com multas que podem ultrapassar R$ 13 milhões. Esse cenário reflete a crescente preocupação com as condições de saúde e a necessidade de uma resposta rápida e eficaz para proteger a população, como defendeu a deputada Lilian Behring durante sua intervenção na Alerj.

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