Câmara de Itaguaí Descumpre Ordem Judicial de Reintegração

Vereador Gil Torres enfrenta resistência mesmo com decisão judicial

Vereador Gil Torres enfrenta resistência na Câmara de Itaguaí, mesmo após liminar favorável.
Vereador Gil Torres enfrenta resistência na Câmara de Itaguaí, mesmo após liminar favorável. - Foto: Reprodução

Cinco dias após a liminar dada na última quinta-feira, dia 6, pelo juiz da 1ª Vara de Itaguaí, Francisco Emílio Carvalho Posada, de devolver ao vereador Gil Torres (PRD) o mandato cassado por seus pares em dezembro do ano passado, a Câmara dos Vereadores de Itaguaí continua insistindo em descumprir a ordem judicial, o que é considerado crime pelo artigo 330 do Código Penal.

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Nesta terça-feira (11), mais uma vez Gil Torres tentou, sem sucesso, retomar o seu mandato. Os 11 vereadores passaram a manhã reunidos, a portas fechadas, na presidência da Câmara, numa sessão, que acabou não acontecendo, mas que inicialmente tinha como intuito “analisar” a decisão judicial. 

Gil Torres e advogados pediram ajuda da PM através do 190. Ao chegar lá, o policial interpelou o procurador da Casa, Carlos André Marcos Viana, que o respondeu com a seguinte pérola (veja o vídeo).

– A questão é um pouco mais complexa do que parece. O que acontece é que há uma decisão judicial que determina que o vereador Gil Torres volte ao seu mandado. Mas quem determina se ele retorna ou não é a Mesa Diretora, que está reunida neste momento – disse o procurador. 

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Gil Torres e advogados fizeram, então, um Boletim de Ocorrência na 50ª DP. “O que estamos vendo aqui é o flagrante desrespeito à lei, uma vez que a desobediência a uma ordem judicial está previsto no artigo 330 do Código Penal, que descreve esta como uma conduta criminosa, com pena que pode variar de 15 dias até 6 meses de detenção para o infrator. No caso, o presidente da Câmara”, afirmou Gil Torres, para quem os fatos só reforçam a tese de que ele foi vítima de uma perseguição ao ser seu mandato cassado após ser destituído da cadeira de presidente da Câmara. 

O vereador e seus advogados agora irão à 1ª Vara de Justiça de Itaguai para informar ao juiz Francisco Emílio Carvalho Posada, que proferiu a decisão que ele está sendo desobedecido.