Rio de Janeiro – As câmeras corporais instaladas nos uniformes de policiais militares no Rio de Janeiro estão sendo usadas pela primeira vez como prova em investigações de crimes cometidos pelos próprios agentes. Um dos casos mais recentes envolveu um policial que foi flagrado se apropriando de R$ 100 durante uma abordagem. A ação ocorreu em outubro de 2023, e o caso foi levado à justiça em agosto deste ano, utilizando as imagens registradas pelo equipamento. Além disso, outros incidentes de abuso de poder e até extorsão também foram revelados por meio desses dispositivos.
Resumo da Notícia
- Uso de câmeras corporais: Câmeras instaladas nos uniformes de policiais militares estão sendo usadas pela promotoria para denunciar crimes cometidos pelos agentes no Rio de Janeiro.
- Casos de extorsão e abuso: As imagens revelaram crimes como apropriação de dinheiro, extorsão e abuso de poder. Em um caso, um policial foi flagrado pegando R$ 100 de um suspeito algemado.
- Ações corretivas: A Polícia Militar afirma que as câmeras são parte de um esforço para aumentar a transparência na corporação.
Imagens expõem crimes cometidos por policiais
As imagens captadas por câmeras corporais presas aos uniformes de policiais militares estão sendo usadas pela primeira vez como prova de crimes no estado do Rio de Janeiro. Em um dos casos, um policial foi flagrado se apropriando de R$ 100 de um suspeito durante uma abordagem em Araruama, na Região dos Lagos, em outubro de 2023. Apesar de o preso ter sido levado à delegacia, o valor não foi apresentado como parte da apreensão.
Além desse incidente, a promotoria também está investigando outros casos envolvendo abuso de poder e extorsão, como o de policiais que invadiram casas sem ordem judicial e agentes da Lei Seca que extorquiram motoristas.
Abusos revelados pelas câmeras
Em Itaboraí, quatro policiais estão sendo processados por entrar em uma residência sem autorização judicial. As câmeras gravaram o momento em que os agentes revistam um homem em sua casa, na presença de sua filha de sete anos, visivelmente assustada. Apesar de entrarem e saírem da casa várias vezes, as imagens mostraram que os policiais estavam sem suas câmeras em certos momentos, o que gerou mais uma denúncia por violação de protocolo.
Outro caso envolveu policiais da Lei Seca que confessaram a um superior ter extorquido R$ 300 de uma motorista. As imagens gravaram o momento em que um dos agentes tentou devolver o dinheiro para encerrar o caso, mas o capitão, ciente de que estavam sendo filmados, levou o policial para a corregedoria.
Impacto das câmeras corporais no policiamento
A Polícia Militar implantou as câmeras corporais em 2022, com o objetivo de aumentar a transparência nas operações. Atualmente, cerca de 13 mil câmeras estão em uso, monitorando as atividades diárias dos agentes. As gravações são enviadas em tempo real para a corregedoria, que faz monitoramentos aleatórios.
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Segundo a PM, as câmeras são uma ferramenta essencial para garantir a conduta adequada dos policiais e prevenir abusos. Em alguns casos, as imagens têm sido usadas para defender policiais contra falsas acusações de agressão, feitas por detidos durante audiências de custódia.
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Perguntas Frequentes sobre o Uso de Câmeras Corporais pela PM
As câmeras corporais são obrigatórias para todos os policiais?
Sim, desde 2021, a lei exige o uso de câmeras nos uniformes de policiais militares no estado do Rio de Janeiro.
Como as câmeras ajudam na transparência das ações policiais?
As câmeras gravam as ações dos policiais e transmitem as imagens em tempo real para a corregedoria, permitindo o monitoramento contínuo das atividades.
As imagens são acessíveis pelos próprios policiais?
Não, os policiais não têm acesso às gravações. Apenas a corregedoria e os responsáveis pela fiscalização podem visualizar as imagens, garantindo a imparcialidade no monitoramento.
Quais crimes foram revelados pelas câmeras corporais?
As câmeras registraram casos de extorsão, abuso de poder, apropriação indevida de dinheiro e até tortura.
Com informações da Folha de S. Paulo.
