Claudio Castro avança em negociações sobre dívida do RJ

Governador propõe uso do Fundo de Desenvolvimento Regional

Governador Cláudio Castro durante Reunião Ordinária do Conselho da Federação, no Palácio do Planalto. (Rafael Campos)
Governador Cláudio Castro durante Reunião Ordinária do Conselho da Federação, no Palácio do Planalto. (Rafael Campos)

Brasília – O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, afirmou nesta quarta-feira (17) que as negociações sobre a repactuação da dívida dos estados avançaram após reuniões com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

O que você precisa saber

Proposta: Utilização do Fundo de Desenvolvimento Regional para abater a dívida dos estados.

Juros: Redução dos juros fixados no IPCA + 4%.

Consenso: Equipes técnicas do Senado e do governo fluminense trabalharão juntas.

Detalhes das Negociações

Claudio Castro propôs utilizar o Fundo de Desenvolvimento Regional para abater a dívida dos estados, ajudando a reduzir os juros fixados no IPCA + 4%. Castro argumentou que isso transformaria o abatimento em um valor maior na prática, já que os juros não incidiriam sobre o montante abatido.

Posição do Senado

A equipe técnica do Senado Federal inicialmente considerou a proposta inviável. No entanto, Rodrigo Pacheco acenou com a possibilidade de uma colaboração entre as equipes técnicas do Senado e do governo fluminense para avaliar a viabilidade da proposta.


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Declarações de Castro

Castro destacou a importância da colaboração técnica: “É muito positivo para a gente essa possibilidade de juntar as equipes técnicas e entender se é possível ou não, antes de entender se é vontade. Temos que entender se é possível ou não esse tipo de ação, que é fundamental para os estados superendividados.”

Proposta de Pacheco

Rodrigo Pacheco apresentou um projeto de lei que permite a venda de ativos dos estados para abater a dívida e reduz o indexador da dívida dos estados com a União. O projeto prevê o perdão de 1% dos juros se os estados entregarem 10% a 20% de seus ativos e até 2% se entregarem mais de 20%.

Além disso, 1% dos juros remanescentes poderia ser revertido em investimentos no estado, especialmente em educação e infraestrutura, enquanto o outro 1% seria destinado a um fundo de equalização para atender todos os estados.

Próximos Passos

O texto do projeto deve começar a tramitar em agosto, após o recesso parlamentar.