Assumindo a incompetência?

Cláudio Castro, chefe das Polícias do Rio, notou ‘aumento gigante da violência’ 

Governador justifica saída de Marcus Amim com aumento da violência no Rio

Cláudio Castro, Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem: fala do governador é obstáculo para o discurso eleitoral do aliado bolsonarista — Foto: Reprodução
Cláudio Castro, Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem — Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – O governador Cláudio Castro confirmou ontem que a troca do secretário de Polícia Civil, Marcus Amim, ocorreu em razão de um “aumento gigante da violência”. As informações são de O Globo

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A justificativa de Castro tem gerado críticas e questionamentos sobre a gestão da segurança pública no estado. Ele negou qualquer relação com o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) envolvendo o delegado Maurício Demetrio, cuja investigação Amim estaria acelerando.

A exoneração de Amim, no entanto, acontece em um contexto de piora significativa nos índices de criminalidade, como roubos de veículos e assaltos de rua.

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Resumo da Notícia:

  • Cláudio Castro alega aumento da violência como justificativa para troca de comando na Polícia Civil.
  • Marcus Amim é substituído por Felipe Curi após piora dos índices de criminalidade.
  • Crescimento de 93% nos roubos de veículos entre janeiro e julho de 2024 comparado ao mesmo período de 2023.
  • Críticas à gestão de Castro aumentam, com questionamentos sobre planejamento estratégico e eficiência na segurança.

Aumento da Violência e Mudanças na Polícia

De acordo com Cláudio Castro, a decisão de substituir Amim foi motivada pelo agravamento da violência no estado. Ele ressaltou que a troca de comando é uma tentativa de corrigir a situação. “Temos visto uma piora nos índices de violência, e foi uma decisão minha essa troca. A investigação contra Demetrio seguirá normalmente”, disse o governador, ao tentar desvincular a saída de Amim do PAD movido contra o delegado.

A declaração, no entanto, não foi suficiente para dissipar as críticas. Dados indicam que o número de roubos de veículos aumentou 93% nos primeiros sete meses de 2024, comparado ao ano anterior. Além disso, os roubos de rua também cresceram em 22%, reforçando a percepção de que a segurança pública no Rio está em crise.


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Troca Frequente de Secretários de Segurança

A constante troca de secretários tem sido um ponto de crítica recorrente. Felipe Curi, nomeado para substituir Amim, será o quinto secretário de Polícia Civil sob o governo de Cláudio Castro. Especialistas afirmam que essa rotatividade impacta negativamente o planejamento e a execução de políticas de segurança.

Segundo Daniel Hirata, professor de Sociologia da UFF, “essas trocas constantes indicam disputas internas e prejudicam o funcionamento da Polícia Civil, que necessita de reformas estruturais e de longo prazo”. A falta de estabilidade tem atrapalhado a implementação de medidas efetivas para combater a crescente violência.

Delegacias em Ruínas e Falta de Efetivo

Além da pressão por resultados rápidos, o novo secretário Felipe Curi enfrentará desafios como a deterioração das delegacias e a escassez de pessoal. Representantes do Sindpol-RJ destacam que o número atual de policiais civis é insuficiente para a demanda do estado. Segundo Márcia Bezerra, presidente do sindicato, “o efetivo ideal seria o dobro do atual, mas hoje contamos com apenas cerca de 8.500 policiais”.

As condições precárias de trabalho também são apontadas como um agravante. Delegacias em péssimo estado de conservação, falta de agentes e até banheiros interditados são problemas comuns relatados pelos policiais. Luiz Cláudio Cunha, vice-presidente do Sindpol, alerta para o descaso com a infraestrutura da Polícia Civil: “A situação nas unidades é desumana. Existem delegacias com mofo, pisos quebrados e banheiros fora de uso.”

A Instabilidade na Gestão de Segurança

A sucessiva troca de secretários gera instabilidade e prejudica a continuidade de projetos de segurança pública. Para a deputada Martha Rocha (PDT), ex-chefe da Polícia Civil, essa falta de diretriz é prejudicial: “Estamos indo para o quinto secretário da era Castro. Essa constante troca demonstra a falta de planejamento e afeta diretamente a gestão da segurança no estado.”

O deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSD) também criticou a mudança. “Prometeram melhorias com a nomeação de Amim, e agora, menos de um ano depois, ele é demitido. O governo está perdido na segurança pública.”

Perguntas Frequentes sobre a Troca na Polícia Civil do Rio de Janeiro

Por que Marcus Amim foi exonerado?

O governador Cláudio Castro justificou a saída de Amim pelo “aumento da violência” no estado, especialmente com o crescimento dos roubos de veículos e assaltos de rua.

Quem é o novo secretário de Polícia Civil?

O delegado Felipe Curi foi nomeado para substituir Marcus Amim no comando da Polícia Civil.

Quais são os principais desafios da Polícia Civil atualmente?

Entre os desafios estão a falta de efetivo, a precariedade das delegacias e a necessidade de reformas estruturais para melhorar a segurança pública.

Quantos secretários de Polícia Civil o governo Castro já nomeou?

Felipe Curi será o quinto secretário de Polícia Civil nomeado durante o governo de Cláudio Castro.