São João da Barra – O governador Cláudio Castro (PL) confirmou apoio à candidatura do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Rodrigo Bacellar, União) para a sucessão estadual em 2026. A declaração aconteceu nesta quarta-feira (12), durante a inauguração da Ponte da Integração, no Norte Fluminense.
Em entrevista coletiva, Castro afirmou que a candidatura de Bacellar dependerá mais dele próprio do que do governo, mas garantiu seu apoio. “Depende mais dele do que de mim, é o nome que tem o meu apoio”, disse o governador.
Durante o discurso, Castro declarou que “Deus está preparando Bacellar para coisas muito maiores”. Em seguida, ao tocar no ombro do presidente da Alerj, disse que deixará a “casa arrumada” para seu sucessor. O público presente reagiu com aplausos.
Cláudio Castro lança o nome de Rodrigo Bacellar a sua sucessão pic.twitter.com/rWCSKR3Pfc
— Agenda do Poder (@agendadopoder) February 12, 2025
Bacellar e as investigações
Além de ser um aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Rodrigo Bacellar foi um dos investigados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) no caso de supostos desvios na Fundação Ceperj e na UERJ.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) denunciou o uso de cargos “secretos” na campanha de Castro e do vice Thiago Pampolha (MDB) durante as eleições de 2022. A investigação apontou a contratação de funcionários sem transparência nos pagamentos, o que teria gerado vantagens indevidas para os candidatos.
Decisão da Justiça Eleitoral
Em maio de 2023, o TRE-RJ rejeitou o pedido de cassação dos mandatos de Castro, Bacellar e outros envolvidos. No entanto, a Procuradoria Geral Eleitoral (PGE) recorreu da decisão, levando o caso novamente ao julgamento, marcado para a próxima terça-feira (4).
O recurso da PGE sustenta que houve uso indevido da máquina pública na contratação de servidores para beneficiar a campanha de 2022. Além disso, questiona a transparência na destinação dos recursos.
Entenda o caso: investigação sobre a Ceperj e UERJ
- O Ministério Público Eleitoral denunciou o uso de cargos secretos para fins eleitorais em 2022.
- A investigação envolveu Rodrigo Bacellar, Cláudio Castro e outros 11 réus.
- Em maio de 2023, o TRE-RJ negou a cassação dos mandatos.
- A PGE recorreu e o caso voltará a julgamento na próxima terça-feira (4)