Crise

Clínica de hemodiálise em Nilópolis está há dois meses sem receber repasses e enfrenta dificuldades para manter atendimento a pacientes

ABCDT alerta para atrasos recorrentes em repasses e impacto na sobrevivência de pacientes renais
20 de março de 2025
1 min de leitura
Clínica de hemodiálise em Nilópolis está há dois meses sem receber repasses e enfrenta dificuldades para manter atendimento a pacientes
Freepik

A clínica Hemodinil responsável pelo atendimento de 128 pacientes em tratamento de hemodiálise em Nilópolis enfrenta dificuldades para manter a assistência devido à falta de repasses da prefeitura. Há dois meses sem receber pelos serviços prestados, a unidade acumula uma dívida de R$ 732 mil referente a dois pagamentos em atraso. Segundo a instituição, a prefeitura justificou o atraso pela troca do funcionário responsável pelo envio da produção ao Ministério da Saúde, processo necessário para a liberação dos recursos. “Apesar de informar que o faturamento já foi encaminhado, o município não apresentou previsão para a regularização do pagamento”, ressalta o administrador da clínica, que prefere não ser identificar.


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Ele conta que, diante da situação, a clínica propôs que a prefeitura utilizasse recursos próprios para garantir o pagamento imediato, mas ainda não recebeu resposta. “Para evitar a interrupção do atendimento aos pacientes e manter os salários dos funcionários e o pagamento de fornecedores em dia, a gente tem recorrido a empréstimos bancários”, destaca o administrador.

De acordo com a Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT), atrasos no repasse dos recursos pelo município são inadmissíveis, pois desrespeitam o prazo legal e agravam os desafios financeiros enfrentados pelas clínicas.

“A ausência de penalizações para os gestores que descumprem o prazo agrava ainda mais o problema. É inadmissível que clínicas especializadas, que prestam serviços essenciais para a sobrevivência dos pacientes renais, sejam prejudicadas por atrasos no pagamento. O paciente renal não pode esperar, ele precisa receber a hemodiálise três vezes na semana, toda a semana, para sobreviver. E cada sessão tem o custo de equipamento, insumos, equipe, que estão sendo pagas, mas sem o recebimento do valor devido, as clínicas entram em colapso”, declara o presidente da ABCDT, Dr. Yussif Ali Mere Júnior.

A clínica Hemodinil ressalta que receber em dia é fundamental para dar continuidade do serviço e para garantir a qualidade de vida dos pacientes renais, que dependem do tratamento regular para sobreviver.

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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