Rio de Janeiro – Pesquisadores da Uerj desenvolvem compostos químicos que emitem cores distintas para marcar diferentes calibres de munição, possibilitando um controle mais eficaz e auxiliando na resolução de crimes.
Resumo da Notícia
Pesquisadores do Instituto de Química da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) estão desenvolvendo uma nova tecnologia que utiliza compostos químicos para marcar munições de forma seletiva. A ideia é que, ao emitir diferentes cores, seja possível identificar calibres específicos e diferenciar tipos de armas, facilitando o trabalho da perícia criminal.
O que Diz o Estudo?
O projeto, liderado pelo químico Lippy Faria Marques, tem como foco a criação de marcadores luminescentes utilizando lantanídeos, compostos que emitem luz sob a ação de uma lâmpada de luz negra. As cores geradas pelos compostos incluem amarelo, laranja, rosa, azul, além de vários tons de vermelho e verde. Esses marcadores se impregnam em várias superfícies, como as mãos do atirador e nos cartuchos, ajudando a identificar detalhes do tiro, como a altura do atirador e a distância do disparo.
Impacto na Perícia Criminal
Esses compostos oferecem uma nova alternativa para a investigação forense, por serem simples, baratos e precisos. Segundo Marques, “é possível retirar várias informações na cena do crime com um simples luz negra”. A aplicação desses marcadores custaria cerca de R$ 0,40 por munição, um valor considerado baixo frente aos benefícios potenciais.
Próximos Passos
O próximo estágio da pesquisa envolverá a avaliação da toxicidade dos resíduos desses marcadores e a simulação de diferentes cenários forenses. A pesquisa recebe apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e conta com a colaboração da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.
Perguntas Frequentes Sobre a Pesquisa da Uerj
O que é o estudo da Uerj sobre munições?
A pesquisa da Uerj usa compostos químicos que emitem cores para marcar diferentes calibres de munição, ajudando a identificar armas usadas em crimes.
Como funcionam esses marcadores de munição?
Eles utilizam lantanídeos que brilham sob luz negra, impregnando superfícies como mãos, roupas e cartuchos, facilitando a identificação forense.
Qual o custo da implementação?
Estima-se que cada munição marcada custe cerca de R$ 0,40, um valor baixo comparado aos benefícios para a perícia criminal.
Quais são os próximos passos da pesquisa?
Os pesquisadores vão testar a toxicidade dos resíduos gerados e simular diferentes cenários forenses para avaliar a eficácia dos marcadores.
