São João de Meriti – Moradores do bairro do Éden, na Baixada Fluminense, denunciam que criminosos ligados ao Comando Vermelho (CV) estão exigindo uma “taxa de barricada” para financiar barreiras que impedem a entrada da polícia. O valor cobrado é destinado à construção de bloqueios de concreto e ferro, limitando o acesso às ruas e prejudicando o cotidiano da população local.
A situação tem gerado revolta entre os moradores, que enfrentam dificuldades com o transporte, a coleta de lixo e a segurança. Segundo relatos, aqueles que se recusam a pagar sofrem ameaças e podem ser obrigados a deixar suas casas. A crise também impacta o comércio local, já que muitos lojistas estão fechando as portas devido à presença do tráfico e ao medo de represálias.
Barricadas impedem serviços essenciais e isolam moradores
Moradores relatam que as barricadas dificultam o acesso de serviços essenciais, como ambulâncias e caminhões de coleta de lixo. “Estamos presos dentro do nosso próprio bairro. Os aplicativos de transporte não chegam, e quando precisamos de um táxi, temos que caminhar longas distâncias“, desabafa uma moradora.
Com a presença constante dos criminosos, pequenos comerciantes também são afetados. “Ninguém quer uma boca de fumo na frente da loja. Quando a polícia chega, o confronto é certo e quem sofre somos nós“, diz um lojista, que teme represálias.
Aumento da violência e pedidos de ajuda
A comunidade afirma que a situação nunca esteve tão crítica. “Antes podíamos circular livremente. Agora, somos reféns do crime“, afirma um morador. A população pede uma resposta das autoridades para retomar a normalidade na região.
A reportagem procurou as polícias Militar e Civil do Rio de Janeiro para comentar sobre possíveis operações na área, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
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Entenda o caso: o controle do tráfico no Éden
- Facção criminosa: O Comando Vermelho domina o bairro do Éden e impõe regras próprias.
- Taxa de barricada: Comerciantes e moradores são obrigados a pagar para financiar bloqueios contra a polícia.
- Isolamento: Com as barricadas, serviços como transporte e coleta de lixo foram prejudicados.
- Medo e violência: Quem se recusa a pagar sofre ameaças e pode ser expulso da própria casa.
- Apelo por segurança: A comunidade cobra ação das autoridades para retomar o controle da região.