Rio de Janeiro – A Justiça Federal aceitou, nesta sexta-feira (14), a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-deputado federal Daniel Silveira por portar dois celulares enquanto esteve preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro. O político ficou detido por 40 horas em uma Sala de Estado-Maior, onde os aparelhos foram apreendidos durante inspeção da inteligência policial.
Os celulares, um iPhone 11 Pro e um Samsung Galaxy 10+, estavam dentro da mala de Silveira. Segundo o MPF, ele teria entrado na unidade já com os dispositivos em sua posse. O caso levou à abertura do processo na Justiça Federal.
Assessores são absolvidos
Em 2023, três assessores de Daniel Silveira foram acusados de facilitar a entrada dos aparelhos na prisão. Contudo, a Justiça os absolveu.
Os absolvidos foram:
- Mário Sergio de Souza
- Pablo Diego Pereira da Silva
- Rafael Fernando Ramos
A denúncia apontava que Souza teria entregado o primeiro celular ao ex-deputado às 8h05 do dia 17. Ramos, por sua vez, teria fornecido outro dispositivo às 18h08 do mesmo dia. Já Pablo Diego teria guardado e carregado os aparelhos antes de repassá-los.
O MPF sustentou que imagens de câmeras de segurança comprovaram a entrega dos dispositivos. A pena para esse tipo de crime varia entre três meses e um ano de detenção.
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Defesa de Daniel Silveira
O ex-deputado declarou que já entrou na Superintendência da PF portando os celulares. Em depoimento, afirmou que os usou para articulações políticas em busca da revogação de sua prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Silveira afirmou ainda que não houve revista quando ele foi detido. Ele alegou que deixou os celulares com um assessor apenas para receber informações caso algum deputado entrasse em contato.
Entenda o caso Daniel Silveira e os celulares na prisão
- Justiça Federal aceitou a denúncia contra Daniel Silveira.
- Ex-deputado foi flagrado com dois celulares durante prisão na PF do Rio.
- MPF alegou que ele entrou com os aparelhos e que assessores os entregaram.
- Três assessores foram absolvidos por falta de provas suficientes.
- Silveira alegou que não foi revistado e que usou os celulares para articulação política.
