Desgovernado, Rio entra em estágio de atenção após ataques da milicia na Zona Oeste

Ação de criminosos provocou incêndios e comprometeu mobilidade

Rio de Janeiro - Foto: Reprodução TV Globo
Rio de Janeiro - Foto: Reprodução TV Globo

O Centro de Operações da Prefeitura do Rio (COR) informou que a cidade entrou em estágio de atenção às 18h40 desta segunda-feira (23), devido aos ataques contra ônibus na região da Zona Oeste da cidade.

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A ação de criminosos provocou incêndios em diversos veículos em vias como a Avenida Santa Cruz, Avenida Cesário de Melo e a Avenida das Américas. Além disso, a oferta de transporte público para os cidadãos também está impactada.

O Estágio de Atenção é o terceiro nível em uma escala de cinco e significa que uma ou mais ocorrências já impactam o município, afetando a rotina de parte da população.

Em nota, a Prefeitura recomendou que a população tome as seguintes ações preventivas:

  • Não se desloque pelas regiões mais afetadas;
  • Fique atento às informações divulgadas pelos veículos de comunicação e nas redes sociais do COR;
  • Se necessário, use os telefones de emergência 193 (Corpo de Bombeiros) e 199 (Defesa Civil)

O que está acontecendo no Rio de Janeiro°

Criminosos incendiam 29 ônibus na Zona Oeste do Rio em retaliação à morte de miliciano

Criminosos incendiaram 29 ônibus na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na tarde desta segunda-feira (23), em retaliação à morte de Matheus da Silva Rezende, sobrinho e braço direito do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (Rio Ônibus), os veículos foram queimados em diversas vias de pelo menos cinco bairros da região: Guaratiba, Inhoaíba, Paciência, Cosmos e Santa Cruz.

A ação provocou a interrupção do serviço do BRT na região, que teve apenas três linhas funcionando. A prefeitura do Rio também entrou em estágio de mobilização, o segundo nível em uma escala de cinco, para garantir a segurança da população.

O governador do Rio, Cláudio Castro, parabenizou os policiais pela operação que resultou na morte de Matheus Rezende. “Hoje demos um duro golpe na maior milícia da zona oeste. Além do parentesco com o criminoso, ele atuava como ‘homem de guerra’ do grupo paramilitar, sendo o principal responsável pelas guerras por territórios que aterrorizam moradores no Rio”, escreveu Castro, na rede social X.

Claudio Castro - Governador do Rio de Janeiro
Claudio Castro – Governador do Rio de Janeiro

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, também se manifestou sobre os ônibus queimados. “Quando o sujeito além de bandido é burro. Milicianos na zona oeste queimam ônibus públicos pagos com dinheiro do povo para protestar contra operação policial. Quem paga é o povo trabalhador. E para piorar, tivemos que interromper serviços de transporte na zona oeste para que não queimem mais ônibus. Ou seja, únicos prejudicados: moradores das áreas que eles dizem proteger! Essa gente precisa de uma resposta muito firme das forças policiais! Como prefeito, apelo ao Governo do Estado e ao Ministério da Justiça para que atuem para impedir que fatos assim se repitam”, disse Paes.