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quinta-feira, fevereiro 6, 2025
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Saúde Pública

É um dia histórico, diz ministra da Saúde ao reabrir emergência do Hospital de Bonsucesso

Novo setor é especializado no atendimento de casos graves e tem capacidade para atender até 700 pessoas por mês

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, classificou como ‘histórico para o Rio de Janeiro’ a reabertura do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB). Nesta quinta-feira (6), a unidade, administrada pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC) desde outubro de 2024, reinaugurou o setor. A medida faz parte do Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro. A cerimônia de entrega da nova emergência contou com a presença do presidente Lula e do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.

“É um dia histórico para o Rio de Janeiro. Esse hospital renasce hoje, sendo um hospital de excelência e totalmente integrado ao SUS. A saúde é um dos bens mais preciosos para a nossa população. Não é só a abertura da emergência, mas a entrega de um hospital de atendimento especializado e de qualidade. Estamos entregando 423 leitos operantes, o setor de transplante renal, de cardiologia e de imagem. A unidade está aberta, de pé e inteiramente aberta para a nossa população”, enfatizou Nísia.

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, destacou as melhorias que os hospitais federais estão passando. “Ficou fácil para a população comparar o que foi feito. Nas gestões do presidente Lula, os hospitais federais foram valorizados. Anteriormente, as emergências foram fechadas, os hospitais ficaram sucateados”, lembrou.

Nova emergência

A nova emergência é especializada no atendimento de casos graves e com capacidade para atender 700 pessoas por mês. Além do setor, o hospital retomou o Centro de Diagnóstico por Imagem com a disponibilização de exames de ultrassonografia e um novo equipamento de raio-X de alta precisão.

Desde outubro do ano passado, o Governo Federal está fortalecendo a gestão do Hospital de Bonsucesso, com garantia de investimentos. Neste período, 218 leitos foram reabertos e a capacidade total de assistência da unidade foi retomada, com a ampliação de 412 para 423 leitos no total. São leitos cirúrgicos, clínicos, obstétricos e pediátricos – 373 hospitalares e 50 de emergência, que agora estão disponíveis à população para o cuidado integral da saúde.

“O compromisso era em 90 dias devolver o hospital para a população carioca. Fizemos compras de equipamentos, abastecemos o hospital, abrimos leitos para população e entregamos a emergência. Estamos cuidando de gente, do povo”, frisou o diretor do GHC, Gilberto Barichello.

A emergência referenciada, ou seja, que segue a regulação do SUS, tem equipes trabalhando 24 horas por dia. São 48 enfermeiros, 130 técnicos de enfermagem, 20 cirurgiões e 5 pediatras, por turno.

Também foram adquiridas novas camas para os leitos da emergência – 32 adultos e 18 pediátricos, poltronas para garantir conforto na hora do paciente receber medicação, aparelhos de ecocardiograma e eletrocardiograma, monitores multiparamétricos, insumos e medicamentos.

“As entregas de hoje coroam um trabalho que foi feito a muitas mãos e ‘corações’. Coragem de propor algo diferente, de fazer mais e melhor”, observou a superintendente do hospital, Elaine López. “A abertura da emergência coloca de vez o Bonsucesso no Sistema Único Saúde (SUS). O hospital está voltando a ser grande”. 

Reestruturação

Ao todo, quatro unidades federais já iniciaram o Plano de Reestruturação. Além da unidade de Bonsucesso, os hospitais federais do Andaraí (HFA)Cardoso Fontes (HFCF) e dos Servidores do Estado (HFSE) já começaram o processo.

O HFA e o HFCF tiveram a gestão descentralizada em dezembro de 2024 em ato assinado pelo presidente Lula e pela ministra Nísia Trindade, no Palácio do Planalto, em Brasília. A meta é dobrar o número de atendimentos. O Ministério da Saúde repassou R$ 150 milhões à prefeitura. Além desse pagamento, está prevista a incorporação de R$ 610 milhões de teto MAC (atendimento de média e alta complexidade) para a cidade do Rio de Janeiro.

O HFSE iniciou estudos para a fusão com o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. Com a integração, serão 500 leitos à disposição do sistema de saúde. Além disso, haverá maior capacidade de qualificação para os profissionais com a abertura de novas vagas de residência médica.

No caso da unidade da Lagoa, há uma proposta em andamento com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para integração do Instituto Fernandes Figueira (IFF) com o hospital. A unidade de Ipanema passa por ações de construção para modernização e melhorias nos próximos meses.

Garantia aos servidores

A reestruturação em curso garante todos os direitos dos servidores dessas unidades hospitalares. Haverá um processo de movimentação voluntária dos profissionais, que respeitará a opção deles por outros locais de trabalho.

O Ministério da Saúde criou um canal de atendimento para tirar dúvidas dos servidores sobre o plano de movimentação. Os questionamentos são recebidos por e-mail e respondidos pela Coordenação de Gestão de Pessoas do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH). Ao todo, as unidades federais possuem 7 mil servidores efetivos e 4 mil temporários. 

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