Renato Duque, ex–diretor de Serviços da Petrobras, foi preso neste sábado (17) em Volta Redonda, no Sul do Rio de Janeiro, após estar foragido desde julho deste ano. Com um histórico de 12 condenações no âmbito da Operação Lava Jato, Duque é uma figura central em um dos maiores escândalos de corrupção da história recente do Brasil, que envolveu o desvio de recursos públicos em obras e contratos da Petrobras.
De acordo com o Ministério Público Federal, Duque, que comandava a diretoria de Serviços da estatal, teria recebido propinas em um esquema que desviou bilhões de reais por meio de contratos fraudulentos.
As investigações da Lava Jato revelaram que diretores da Petrobras exigiam propina em troca de garantias contratuais, e Duque estaria entre os beneficiários dessas vantagens ilícitas.
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A primeira condenação de Renato Duque ocorreu em 2015, durante a 10ª fase da Lava Jato, quando foi sentenciado a 20 anos e 8 meses de prisão por associação criminosa. Após várias outras condenações por corrupção e lavagem de dinheiro, Duque foi liberado em 2020 para responder aos processos em liberdade, mas permaneceu monitorado por tornozeleira eletrônica e teve seu passaporte retido.
Menos de um ano após sua soltura, Duque foi novamente condenado a 20 anos de prisão em regime fechado, desta vez por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, na 14ª fase da Lava Jato. À época, o então juiz Sergio Moro afirmou que a condenação se baseou em provas de pagamento de propina a funcionários da Petrobras, com os recursos sendo direcionados para fins políticos.
Renato Duque, de 69 anos, foi encontrado pela Polícia Federal em uma casa no bairro Niterói, após um cruzamento de informações de inteligência. Segundo a PF, ele havia informado à Justiça um endereço no Rio de Janeiro, mas foi localizado em Volta Redonda. Após a prisão, Duque foi levado ao sistema prisional do estado e deu entrada no presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Entre as condenações que Duque acumula estão penas que variam de 2 anos e 8 meses a 20 anos de prisão, totalizando mais de 130 anos de reclusão por crimes relacionados à corrupção e lavagem de dinheiro.