“Vai conviver com esse vírus até o final da vida dele”, afirmou o filho de um paciente infectado com HIV após um transplante de fígado no Rio de Janeiro. O idoso, que aguardou por dois meses por um órgão, passou pela cirurgia em maio, mas meses depois, foi diagnosticado com o vírus. A declaração foi dada em entrevista à Tv Band.
O paciente está entre os seis infectados após transplantes de órgãos realizados no estado. A cirurgia foi considerada bem-sucedida, mas, quatro meses após o procedimento, uma médica sugeriu que ele fizesse um teste para HIV.
Até o momento, não há confirmação se mais pacientes transplantados foram afetados. Um total de 288 amostras de doadores, coletadas entre dezembro de 2023 e setembro de 2024, está sendo reanalisado.
Entre essas amostras, duas pertenciam a doadores soropositivos, mas a testagem feita na época da morte, pelo laboratório PCS Lab Saleme, havia dado resultado negativo.
O erro pode ter impactado cerca de 600 pacientes, que receberam transplantes de rins, fígado e coração. Essas pessoas agora enfrentam mais uma angústia após já terem passado pela longa espera por um órgão.
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As amostras estão sendo retestadas, e o resultado deve sair no início da próxima semana. A Secretaria Estadual de Saúde já notificou todos os pacientes que podem ter sido afetados.
A falha no processo de testagem levanta dúvidas sobre a confiabilidade de outros serviços prestados pelo PCS Lab Saleme, que atendia 11 unidades estaduais de saúde. Há suspeitas de que exames de sangue colhidos no Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia também possam ter sido adulterados pelo mesmo laboratório.
Com informações da Band TV
