Rio de Janeiro – O Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Estadual de Segurança Pública, está realizando estudos para adquirir equipamentos anti-drones com o objetivo de combater facções criminosas que vêm utilizando drones em disputas territoriais. A informação foi divulgada pelo secretário Victor Cesar em audiência pública na Alerj nesta segunda-feira (30/09).
Resumo da Notícia:
- O que: Governo do Rio planeja adquirir anti-drones para barrar facções criminosas.
- Quem: Secretaria Estadual de Segurança Pública, liderada por Victor Cesar.
- Onde: Rio de Janeiro, em áreas como Gardênia Azul e Complexo da Penha.
- Quando: Estudo em andamento com a compra prevista para breve.
Rio de Janeiro planeja compra de anti-drones para frear facções
Em audiência realizada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o secretário de Segurança Pública, Victor Cesar, anunciou que o governo está em fase de estudos para adquirir anti-drones. Os novos equipamentos têm como principal função interromper a conexão dos drones controlados por criminosos, que já estão sendo usados para monitorar ações policiais e, em alguns casos, lançar granadas.
O uso de drones como armas em disputas territoriais, como o ocorrido em Gardênia Azul no início do ano, intensificou a necessidade de modernização das forças de segurança. “Existem várias ferramentas anti-drones, e estamos analisando a que mais se adequa à nossa necessidade”, afirmou Victor Cesar.
Ações Criminosas Recentes
Em fevereiro, milicianos e traficantes usaram drones como lançadores de granadas em conflitos por território na Zona Oeste do Rio. Em outra operação, a Polícia Federal descobriu que o Comando Vermelho usava esses dispositivos para monitorar as atividades policiais no Complexo da Penha, na Zona Norte.
Há duas semanas, a Polícia Federal prendeu Rian Maurício Tavares Mota, cabo da Marinha, acusado de operar drones lança-granadas para a facção. Ele foi encontrado com um bunker em sua residência no Complexo da Penha.
Discussões sobre a ADPF 635
A audiência também abordou a ADPF 635, que limita as operações policiais em comunidades do Rio. O deputado Márcio Gualberto (PL) destacou que, após a implementação da medida pelo STF, houve um aumento significativo no número de territórios dominados por facções criminosas e de disputas por áreas.
Gualberto propôs uma audiência com o ministro Edson Fachin, do STF, para discutir uma possível revisão da ADPF 635, apresentando dados que mostram o aumento da violência nas comunidades desde sua implementação.
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Perguntas Frequentes sobre o Uso de Drones em Ações Criminosas
Como os drones são usados pelas facções no Rio?
Os criminosos utilizam drones para monitorar ações policiais e, em alguns casos, como lançadores de granadas durante disputas territoriais.
Qual a resposta do governo para esse problema?
A Secretaria de Segurança Pública está estudando a compra de anti-drones, que são capazes de interromper a comunicação entre o operador e o dispositivo.
O que é a ADPF 635 e como afeta as operações policiais?
A ADPF 635 restringe operações policiais em comunidades, permitindo-as apenas com autorização do Ministério Público, o que, segundo críticos, tem favorecido o crescimento territorial de facções.
Por que os anti-drones são necessários?
Eles são necessários para conter a crescente utilização de drones por facções, evitando que os criminosos continuem utilizando-os para monitorar a polícia e como armas em confrontos.