Rio de Janeiro – O governo do Rio de Janeiro iniciou negociações com os Estados Unidos para que o Comando Vermelho (CV) seja reconhecido como uma organização criminosa transnacional. O pedido foi formalizado pela Secretaria de Segurança Pública do RJ durante uma reunião com representantes da Segurança Diplomática dos EUA.
O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, destacou que o reconhecimento ajudaria a fortalecer a cooperação internacional para combater tráfico de armas e lavagem de dinheiro. Além disso, ele alertou sobre a tentativa do CV de expandir seu domínio sobre rotas de cocaína no norte do Brasil.
Expansão do Comando Vermelho preocupa autoridades
A facção tem ampliado sua atuação além das fronteiras do Rio de Janeiro. Segundo o secretário, há indícios de que o CV esteja tentando controlar rotas de drogas em estados do Norte e expandindo sua influência sobre comércio ilegal de armas.
“A preocupação são as rotas de cocaína, que o CV vem tentando dominar no Norte do país. Já o nosso interesse são as armas que entram no RJ, já que a maioria é americana”, afirmou Victor Santos.
Armas apreendidas reforçam necessidade de ação conjunta
Dados da Secretaria de Segurança Pública do RJ mostram que, em 2024, foram apreendidos 740 fuzis no estado, o que representa uma média de dois por dia. Apenas em 2025, a Polícia Militar já confiscou 116 fuzis.
De acordo com um relatório de inteligência, a maior parte dessas armas veio dos Estados Unidos e estava em posse de membros do Comando Vermelho. Isso reforça a importância de uma cooperação internacional para conter o avanço do grupo.
Ações estratégicas para enfraquecer facções criminosas
O governo do Rio de Janeiro tem investido em estratégias de combate ao crime organizado. A principal medida é asfixiar financeiramente as facções, dificultando suas operações ilícitas.
A Secretaria de Segurança Pública reforçou que busca parcerias internacionais para ampliar o controle sobre o tráfico de armas e dinheiro ilícito, com o objetivo de enfraquecer as principais organizações criminosas do estado.