Rio de Janeiro – 11 de janeiro de 2025 – O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) investiga a deputada estadual Índia Armelau por suspeitas de envolvimento em um esquema de “rachadinha” em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Funcionários denunciaram a prática de repasse obrigatório de parte do auxílio-alimentação.
Os relatos indicam que os servidores devolviam entre R$ 1.470 e R$ 2.940 em dinheiro a um assessor próximo à deputada. As denúncias apontam que o esquema se estendia ao auxílio destinado aos funcionários, configurando prática ilegal.
Esquema envolve valores do auxílio-alimentação
De acordo com o MPRJ, o valor exigido correspondia ao auxílio-alimentação pago aos funcionários da Alerj. Esse dinheiro, entregue em espécie, era direcionado a um assessor de confiança de Índia Armelau. As investigações buscam apurar como os valores eram repassados e se a prática era amplamente conhecida no gabinete.
Os servidores ouvidos relataram coação para devolver parte do benefício, usado indevidamente, segundo as denúncias. A prática contraria leis de integridade e reforça a preocupação com o uso de verbas públicas.
Impacto político e investigação
A deputada, conhecida por sua proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda não se pronunciou sobre as acusações. Contudo, as investigações devem incluir análise de documentos, depoimentos e movimentações financeiras dos envolvidos.
Além disso, o caso reacende o debate sobre práticas de corrupção em gabinetes legislativos. Índia Armelau poderá enfrentar desdobramentos jurídicos caso as denúncias sejam comprovadas.
O que é a prática de “rachadinha”
A “rachadinha” ocorre quando servidores públicos são obrigados a devolver parte de seus salários ou benefícios a seus superiores. A prática é caracterizada como corrupção e tem sido alvo de investigações em diversos estados brasileiros.
Entenda o caso: “rachadinha” no gabinete de Índia Armelau
- Denúncia: Funcionários da Alerj relataram devolução de valores do auxílio-alimentação.
- Valores envolvidos: Entre R$ 1.470 e R$ 2.940 mensais.
- Destinatário: Um assessor de confiança da deputada.
- Ação do MPRJ: Investigações estão em andamento, com apuração de provas e depoimentos.
- Implicações: Caso confirmado, a prática pode resultar em sanções legais e políticas para a deputada.