Crime

Investigação mira empresa responsável por furto de 5 toneladas de cabos em Belford Roxo

Os fios foram identificados como parte da rede subterrânea e aérea da Oi e estavam sendo vendidos em ferros-velhos

Polícia investiga empresa por roubo de 5 toneladas de cobre em Belford Roxo
Foto: Divulgação / Belford Roxo

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou uma operação contra o furto de cabos de cobre, nesta sexta-feira (2), com foco em uma empresa licenciada pela Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Belford Roxo. A investigação visa coibir a lavagem de dinheiro derivada da venda de cobre extraído ilegalmente de fios no município da Baixada Fluminense.

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Agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) estão cumprindo 35 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Criminal Especializada, contra 19 investigados. Segundo com informações do Coaf, a empresa movimentou R$ 28 milhões entre janeiro de 2022 e novembro de 2023, valor que é considerado incompatível com a capacidade financeira declarada.


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A investigação teve início em 19 de fevereiro, quando foram apreendidas 5 toneladas de cabos em Nova Iguaçu. Os fios foram identificados como parte da rede subterrânea e aérea da Oi em Belford Roxo e estavam sendo vendidos em ferros-velhos.

A DRF descobriu que a licença de operação da empresa foi concedida sem os devidos procedimentos licitatórios ou administrativos e que a extração dos cabos ocorreu sem perícia técnica ou autorização da Oi. Os cabos subtraídos eram armazenados em condições ambientais precárias tanto na empresa quanto nas residências dos investigados.

O delegado Moysés Santana destacou: “A gente já sabe que cabos de cobre que são extraídos aqui no Rio de Janeiro estão indo parar em outros estados da federação”.

Além disso, a DRF identificou que o dinheiro da venda era lavado e fracionado em contas de laranjas.

O que diz a Prefeitura

Em nota enviada ao Diário Carioca, a Prefeitura de Belford Roxo informou que “a licença operacional da empresa foi cancelada em março deste ano, após o descumprimento das condicionantes legais”.

A Prefeitura também esclareceu que “todas as licenças ambientais são concedidas com base na análise criteriosa dos documentos apresentados”. A nota ressalta que “a administração municipal não exerce gerência sobre as empresas licenciadas e que estas devem ser responsabilizadas conforme a legislação vigente caso não cumpram as normas estabelecidas”.

O que diz a Oi

A Oi, por sua vez, informou ao site que “os atos de furto e vandalismo em sua infraestrutura de telecomunicações têm impactado a manutenção e disponibilidade dos serviços”. A companhia acrescentou que “tem tomado todas as providências para minimizar os impactos aos clientes e está atuando para normalizar os serviços afetados o mais rapidamente possível”.

A empresa também relatou que “vem notificando a Polícia Civil e a Anatel sobre as dificuldades em manter seus serviços nas localidades de alta incidência de furtos”.