Rio de Janeiro – Neste domingo, manifestantes se reuniram na praia de Ipanema para protestar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2022, conhecida como PEC das Praias. A proposta, que já passou por dois turnos na Câmara dos Deputados e agora está em discussão no Senado Federal, visa modificar as diretrizes para a propriedade e gestão dos terrenos de marinha.
O que você precisa saber:
- Contexto: A PEC das Praias propõe mudanças na gestão dos terrenos de marinha.
- Protesto: Manifestantes isolaram trecho da praia de Ipanema em sinal de protesto.
- Críticas: A proposta é criticada por seus impactos ambientais e sociais.
- Participação: Pescadores de Sepetiba também marcaram presença no protesto.
Contexto da PEC das Praias
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2022 busca modificar a gestão dos terrenos de marinha, áreas localizadas numa faixa de 33 metros para o interior, a partir da linha de maré alta. Já aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados, a proposta está agora em discussão no Senado Federal.
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Protesto em Ipanema
Manifestantes se reuniram na manhã deste domingo na praia de Ipanema para protestar contra a PEC. Com cartazes e fitas pretas e amarelas, simularam uma “privatização” da praia, gritando slogans como “a praia é do povo” e recolhendo assinaturas contra a proposta.
Críticas à Proposta
O deputado estadual Carlos Minc (PSB-RJ), um dos organizadores do protesto e ex-ministro do Meio Ambiente, criticou a proposta, destacando seus impactos ambientais e sociais. “Essa PEC da privatização das praias é realmente um horror. São milhares de quilômetros quadrados passados do Poder Público para o poder privado”, afirmou Minc.
Preocupação dos Pescadores
Pescadores de Sepetiba, na zona oeste do Rio de Janeiro, também participaram do protesto. Cláudio Nei, de 55 anos, expressou preocupação: “Se essa PEC realmente passar, vai prejudicar a gente, porque precisamos dessas áreas para pescar. Se não tivermos acesso à praia, de onde vamos tirar nosso sustento?”
Com informações da AG Brasil