sábado, 08/11/25 - 00:32:01
21 C
Rio de Janeiro
InícioRio de JaneiroJacqueline Muniz pede proteção após se ameaçada por criticar chacina no Rio de Janeiro
Incitação Bolsonarista

Jacqueline Muniz pede proteção após se ameaçada por criticar chacina no Rio de Janeiro

A professora e antropóloga do Departamento de Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF)Jacqueline Muniz, solicitou ingresso no Programa de Proteção dos Defensores de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos, após sofrer ameaças e ataques virtuais por criticar a Operação Contenção, que resultou em 121 mortes nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro.


Contexto das críticas e resposta da especialista

Muniz qualificou a operação como uma “lambança político-operacional”, afirmando que sua finalidade foi “marketing político” e que colocou em risco a segurança de policiais e da população, sem avanços reais no combate ao crime organizado. Ela criticou a inadequação dos efetivos policiais e os efeitos negativos da operação, que paralisou áreas da cidade e aumentou a insegurança.


Ameaças e apoio institucional

Após as críticas, a antropóloga foi alvo de uma campanha de intimidação que incluiu fotografias feitas em um restaurante e mensagens virtuais com incitação à violência.

Muniz atribui as ameaças à mobilização de parlamentares bolsonaristas, como os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO). A UFF divulgou nota repudiando os ataques e reafirmou seu compromisso com a liberdade acadêmica e o combate ao discurso de ódio e misoginia.

Mais Notícias

PF diz que suspeito de ser tesoureiro do CV se reuniu com secretário de Cláudio Castro

Relatório da Operação Zargun revela encontro entre tesoureiro do CV e secretário de Defesa do Consumidor do Rio, Gutemberg Fonseca, para discutir apoio político.

TSE mantém indeferimento de candidato do partido de Bolsonaro acusado de chefiar milícia

Tribunal rejeita novo recurso de Eduardo Araújo (PL) e confirma decisão que barrou sua candidatura a vereador por envolvimento com grupo criminoso em Belford Roxo

O pedido de proteção foi protocolado pelo gabinete do vereador Leonel de Esquerda (PT), presidente da Comissão de Favelas da Câmara Municipal do Rio, e pelo advogado Carlos Nicodemos, do Conselho Nacional de Direitos Humanos.


Importância do Programa de Proteção

Criado em 2019, o Programa de Proteção dos Defensores de Direitos Humanos visa garantir segurança a pessoas ameaçadas em razão da defesa de direitos fundamentais. O caso de Jacquline Muniz evidencia os riscos enfrentados por especialistas e ativistas que denunciam abusos na segurança pública, reforçando o debate sobre os limites da repressão estatal e a preservação da democracia.


JR Vital
JR Vitalhttps://www.diariocarioca.com/
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.
Parimatch Cassino onlineParimatch Cassino onlineParimatch Cassino onlineParimatch Cassino online

Relacionadas

PF diz que suspeito de ser tesoureiro do CV se reuniu com secretário de Cláudio Castro

Relatório da Operação Zargun revela encontro entre tesoureiro do CV e secretário de Defesa do Consumidor do Rio, Gutemberg Fonseca, para discutir apoio político.

TSE mantém indeferimento de candidato do partido de Bolsonaro acusado de chefiar milícia

Tribunal rejeita novo recurso de Eduardo Araújo (PL) e confirma decisão que barrou sua candidatura a vereador por envolvimento com grupo criminoso em Belford Roxo

Câmara do Rio cobra medidas para conter avanço do mar na Praia da Macumba

Presidente Carlo Caiado pede à prefeitura aplicação de lei que prevê fundos artificiais e reserva de verba no orçamento de 2026.

TSE deve retomar julgamento que pode cassar Cláudio Castro ainda em novembro

Relatora já votou pela cassação do governador do Rio por abuso de poder político e econômico em esquema do Ceperj nas eleições de 2022.

MP do Rio pede nova prisão de líderes do Comando Vermelho

Promotores apontam manobras para atrasar julgamento de homicídio que se arrasta há mais de duas décadas.

Mais Notícias

Assuntos:

Recomendadas