Rio de Janeiro – O pastor Silas Malafaia tentou justificar o baixo público no ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em Copacabana. Segundo ele, cariocas acordam tarde aos domingos, e o evento deveria ter sido realizado em outro local. O líder religioso também disse que alertou Bolsonaro sobre o horário inadequado para a manifestação.
O evento, que previa a presença de 1 milhão de pessoas, reuniu apenas 18,3 mil apoiadores, segundo levantamento do Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP). Em 2024, uma manifestação semelhante no mesmo local registrou um público de pelo menos 40 mil pessoas, conforme dados do Poder360.
Malafaia minimiza fracasso da manifestação
Em entrevista ao UOL News, Malafaia explicou que sugeriu outro local para o evento, mas Bolsonaro insistiu em mantê-lo em Copacabana. “Eu disse para o Bolsonaro que domingo de manhã, no Rio de Janeiro, não é o melhor momento para se fazer manifestação. Mas ele insistiu: ‘Vamos fazer, depois organizamos um em São Paulo'”, afirmou o pastor.
Malafaia também contestou os números da USP, afirmando que 18 mil pessoas é um dado irreal. “Num domingo de mais de 30 graus, com final de Fla-Flu no Maracanã, havia uma multidão em Copacabana. Tinha muito mais que dois quarteirões de gente”, declarou.
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Contexto do ato e impacto político
A manifestação foi organizada pela extrema-direita para defender a anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram e depredaram os três Poderes em Brasília. Bolsonaro convocou seus apoiadores em um movimento para mostrar força política, mas a adesão foi muito menor do que o esperado.
Entenda o caso: o fracasso do ato de Bolsonaro
- Convocação: Bolsonaro chamou apoiadores para ato em Copacabana.
- Expectativa: Organização previa 1 milhão de pessoas.
- Realidade: Apenas 18,3 mil compareceram, segundo a USP.
- Justificativa: Malafaia disse que cariocas acordam tarde aos domingos.
- Repercussão: Ato foi visto como fracasso político e perdeu impacto.