Rio de Janeiro – O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do GAECO/FT-OIS, ingressou com ação civil pública para interromper obras ilegais realizadas no Condomínio Nova Itanhangá, na Zona Oeste do Rio.
A área, sob influência de milícias, já foi alvo de diversas operações ambientais. A ação inclui a Prefeitura do Rio, o INEA, empresas e quatro indivíduos.
Os promotores destacaram a devastação de mais de 1.000 m², incluindo áreas de mangue e mata atlântica, resultando em poluição na Lagoa da Tijuca e prejuízos irreparáveis ao meio ambiente. Pedem a paralisação das obras, recuperação ambiental e indenização por danos morais coletivos.
Milícia e obras ilegais avançam no Itanhangá
Área sofre ocupação irregular com apoio do crime organizado
O Condomínio Nova Itanhangá é considerado loteamento irregular pela Prefeitura do Rio. No entanto, as obras prosseguiram, causando desmatamento em áreas protegidas. O local abriga espécies ameaçadas, como o jacaré-de-papo-amarelo, além de ser parte do bioma da Mata Atlântica.
A Prefeitura realizou operações em conjunto com o INEA e o Batalhão de Polícia Ambiental, mas não conseguiu conter as intervenções. Em uma dessas ações, uma retroescavadeira apreendida foi devolvida aos supostos milicianos, o que permitiu a continuidade das obras.
Responsáveis apontados na ação
- Jailson Chaves da Silva: Ex-síndico do condomínio e principal articulador das intervenções ilegais. Ele teria sido expulso pela facção Comando Vermelho.
- Edivanildo Gonçalves Fidelis: Dono da retroescavadeira usada nas obras.
- Evanildo Lopes de Lima e Francisco das Chagas Cavalcante Magalhães: Responsáveis pelo financiamento das construções e pela exploração econômica do local.
Danos ambientais e riscos à Lagoa da Tijuca
As obras alteraram drasticamente o ecossistema local. Manguezais foram aterrados, prejudicando a biodiversidade e gerando poluição. Além disso, não há sistema adequado de esgoto, agravando a contaminação da Lagoa da Tijuca. O MPRJ solicita medidas imediatas para conter os impactos ambientais, incluindo replantio e remoção dos entulhos.
Entenda o caso: milícia e danos no Itanhangá
- Quem move a ação: MPRJ, via GAECO/FT-OIS.
- Objetivo principal: Interrupção de obras e recuperação ambiental.
- Área afetada: Condomínio Nova Itanhangá, na Zona Oeste do Rio.
- Impactos: Destruição de manguezais e contaminação da Lagoa da Tijuca.
- Acusados: Jailson Chaves da Silva e outros três indivíduos.
- Solicitação: Paralisação, replantio, indenização e fiscalização intensiva.