Rio Desigual

No Rio de Janeiro, Mulheres ganham 27,25% menos que homens

Estudo destaca desigualdade salarial entre gêneros e perfis raciais no estado

Foto: MTE
Foto: MTE

Rio de Janeiro – As mulheres ganham em média 27,25% a menos que os homens no estado do Rio de Janeiro, de acordo com o 2º Relatório de Transparência Salarial, publicado pelos ministérios do Trabalho e das Mulheres. O levantamento foi baseado em dados de 4.254 empresas fluminenses com mais de 100 funcionários e revelou que a remuneração média dos homens no estado é de R$ 5.568,75, enquanto a das mulheres é de R$ 4.051,19. A desigualdade também se manifesta no recorte racial, com as mulheres negras recebendo 39,36% a menos que as não negras.


Resumo da Notícia

  • Diferença salarial no RJ: Mulheres recebem, em média, 27,25% a menos que os homens no estado, conforme o 2º Relatório de Transparência Salarial.
  • Recorte racial: Mulheres negras ganham 39,36% a menos do que as não negras, enquanto homens negros recebem 37,53% menos do que homens não negros.
  • Empresas participantes: O estudo abrangeu 4.254 empresas do estado, totalizando 1,56 milhão de trabalhadores.
INFOGRÁFICO | Dados foram obtidos a partir das informações de 4.254 empresas fluminenses
INFOGRÁFICO | Dados foram obtidos a partir das informações de 4.254 empresas fluminenses

Disparidade salarial entre homens e mulheres no Rio de Janeiro

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O 2º Relatório de Transparência Salarial mostrou que a desigualdade de renda entre homens e mulheres permanece significativa no Rio de Janeiro. Homens têm uma remuneração média de R$ 5.568,75, enquanto as mulheres recebem R$ 4.051,19, uma diferença de 27,25%. Essa desigualdade se agrava em posições de liderança, como em cargos de dirigentes e gerentes, onde as mulheres ganham 29% a menos do que os homens, mesmo desempenhando funções equivalentes.

Além da questão de gênero, o relatório também destacou a diferença de rendimentos entre mulheres negras e não negras. As mulheres negras recebem 39,36% a menos do que as não negras. Já entre os homens, a diferença é de 37,53%, com os homens negros ganhando menos do que os não negros.


Políticas de igualdade e incentivo no ambiente corporativo

O relatório aponta que, no Rio de Janeiro, 59,7% das empresas adotam planos de cargos e salários, enquanto 42,3% possuem políticas para promover mulheres a cargos de liderança. Além disso, 33,3% incentivam a contratação de mulheres negras, e 25,2% implementam políticas voltadas para mulheres LGBTQIAP+.

A Lei de Igualdade Salarial (Lei nº 14.611/2023) exige que empresas com mais de 100 funcionários implementem ações que garantam a equiparação de salários entre homens e mulheres em funções equivalentes, além de publicar relatórios anuais sobre a transparência salarial.


Desigualdade nacional e recorte por estados

Em âmbito nacional, o relatório aponta que as mulheres ganham, em média, 20,7% menos do que os homens. A situação é ainda mais desafiadora para mulheres negras, que recebem 54,7% menos do que as não negras. Em termos regionais, o Espírito Santo é o estado com a maior desigualdade salarial, onde as mulheres recebem 29,25% menos que os homens. Em contrapartida, estados como Ceará, Acre e Pernambuco apresentam as menores diferenças, com a disparidade girando em torno de 9,65% a 9,93%.


Perguntas Frequentes sobre a Desigualdade Salarial no Brasil

Qual é a diferença salarial entre homens e mulheres no Rio de Janeiro?
As mulheres ganham 27,25% a menos que os homens no estado, conforme o relatório de transparência salarial.

Como a desigualdade salarial se manifesta entre mulheres negras e não negras?
Mulheres negras ganham 39,36% a menos que as não negras, evidenciando uma disparidade racial significativa no mercado de trabalho.

Quais políticas estão sendo adotadas para reduzir a desigualdade salarial?
No Rio de Janeiro, 59,7% das empresas possuem planos de cargos e salários, e 42,3% promovem mulheres a cargos de gerência, além de políticas específicas para grupos marginalizados.

A desigualdade salarial é menor em outros estados?
Sim, estados como Ceará, Acre e Pernambuco registram as menores diferenças, com as mulheres recebendo cerca de 9,65% a 9,93% a menos que os homens.