Cabo Frio inicia a medição do primeiro Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti de 2023

Previsão é de que o resultado seja divulgado na segunda quinzena de janeiro

A Prefeitura de Cabo Frio inicia 2023 realizando o primeiro Levantamento do Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) do ano. A ação consiste em um método simplificado para obtenção de indicadores que permitem conhecer a distribuição do mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela no município.

Os agentes de endemias já estão percorrendo os bairros da cidade para identificar como está a presença do mosquito. A ação acontece até a próxima quarta-feira (11).

De acordo com a Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria de Saúde do município, a previsão é que o resultado seja divulgado na segunda quinzena de janeiro e esses dados irão nortear como ações de combate ao mosquito.

“Esse levantamento é de extrema importância para acompanhar o cenário epidemiológico no município. As diretrizes do Ministério da Saúde recomendam que comprem quatro LIRAa’s anuais. Assim analisamos, por meio de estudos estatísticos e probabilidade, a possibilidade de antecipação do mosquito e, consequentemente, de uma epidemia, e orientamos nas medidas de prevenção e combate ao vetor”, explica a coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental, Andréia Nogueira.

Pelas normas do Ministério da Saúde (MS), o ideal é que o índice de infestação predial do mosquito esteja abaixo de 1% para ser considerado rígido. Se a taxa estiver entre 1% e 3,9% é considerado estado de alerta e percentual acima de 3,9%, o órgão federal classifica como risco de surto das doenças transmitidas pelo mosquito.

Além dessa medição, Cabo Frio possui diversas atividades permanentes durante todo o ano. Os agentes de endemias percorriam constantemente os bairros da cidade sem controle de focos do mosquito e os criadosuros predominantes. A sequência dos trabalhos garantiu o resultado positivo do índice no ano passado.

Mesmo com todas as medidas promovidas pelo poder público, a população deve ficar atenta e realizar as ações de prevenção nos meses iniciais do ano para coibir a antecipação do mosquito nas residências, que são os locais predominantes de focos.

“Oitenta por cento dos focos do mosquito Aedes aegypti estão dentro das residências. Por isso, no período chuvoso, favorece a reprodução e antecipação do mosquito, que acontece nos meses iniciais do ano, é fundamental que cada pessoa faça a própria parte e não deixe acumular água em nenhum tipo de recipiente. Seja tampa de refrigerante, prato de planta, garrafas, pneus, piscinas ou caixas d’água descobertas, casca de ovo, enfim, qualquer pequeno depósito de água é suficiente para que o mosquito deposite os ovos”, orienta Andreia.

Segundo ela, os principais pontos inspirados ao vetor são o lixo residencial dispensado de forma não apropriada e em locais inadequados, além de fossas malcuidadas, entre outros.