Rio de Janeiro remove grandes “puxadinhos chiques” de quiosques na Barra da Tijuca

Estruturas ocupavam área pública indevidamente destinada a recuperação da vegetação de restinga e aos banhistas

A Secretaria de Ordem Pública (Seop), a Subprefeitura da Barra e a Secretaria de Ambiente e Clima realizaram, na madrugada desta quarta-feira (18/1), a retirada de três expansões ilegais feitas por quiosques na Avenida do Pepê, pouco antes da Avenida Olegário Maciel, sem nenhuma autorização da Prefeitura. Os “puxadinhos chiques” ocupavam indevidamente uma área pública de aproximadamente dois mil m² em cada quiosque, com estruturas fixas em faixa de área destinada à recuperação da vegetação de restinga e aos banhistas.

– Essa operação teve foco no ordenamento nas areias, na praia da Barra da Tijuca. Foram três quiosques que tinham enormes estruturas irregulares nas areias, fazendo utilização totalmente ilegal do espaço público e, por meio dessa operação, nós conseguimos retirar esses materiais. Foram pelo menos 11 caminhões cheios de estruturas irregulares, recolhidas pelas equipes que estavam em operação. Nós também aplicaremos multas a esses quiosques pela utilização ilegal do espaço público. Essas operações vão continuar acontecendo em outros lugares com foco no ordenamento da praia, especialmente neste período de verão em que o carioca precisa ter as areias com ordem com segurança para que ele possa aproveitar um local que é coletivo, que é de todo mundo – ressaltou o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.

A Secretaria de Meio Ambiente já havia notificado e autuado os locais anteriormente, com garantia de prazo para adequação, porém não foi acatado pelos proprietários dos quiosques.

– A qualidade ambiental das praias, e suas restingas, é garantia das atividades econômicas em seu entorno. Ignorar o meio ambiente é um mau negócio. Lixo, desordem e barulho empobrecem o ambiente público prejudicando uma marca do rio: a convivência entre natureza, turismo e qualidade de vida – reforçou o secretário de Ambiente e Clima, Lucas Padilha.

De acordo com informações passadas aos agentes da Seop, a utilização das áreas chegava a custar cerca de R$3 mil por um dia de fim de semana. Foram apreendidos materiais utilizados nas áreas ocupadas ilegalmente como gradis, almofadões, cadeiras, mesas e bancos, entre outros.

– Os estabelecimentos eram alvo de dezenas de reclamações de moradores do bairro por conta do uso indevido de área pública e dos shows realizados no local. Seguiremos atentos às demandas da população – disse Raphael Lima, subprefeito da Barra da Tijuca.

Também participaram da ação agentes da Secretaria de Conservação, Guarda Municipal, Comlurb, Light, Iguá, Rioluz, Polícia Militar e Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente