Rio de Janeiro tem caminhada para sensibilizar população pelo Dia Nacional da Adoção

Uma caminhada na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, no último domingo (21), antecedeu o Dia Nacional da Adoção, que é comemorado na próxima quinta-feira (25). O Ministério Público do Rio participou do ato para sensibilizar a população e chamar a atenção para o tema.

O evento é promovido anualmente pela Frente Parlamentar em Defesa da Família, da Adoção e da Primeira Infância. Além do MPRJ, participaram da caminhada o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), a Comissão de Direitos da Criança e do Adolescente (CDCA) da OAB/RJ, a associação civil Quintal de Ana, o Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), entre outros.

Os professores Osvaldo Maffei Junior e Carlos Henrique Braga adotaram os irmãos Aylla, de dois anos, e Victor Hugo, de cinco.

“Nossa família agora está completa. Deu uma reviravolta, mudou tudo, principalmente a rotina. É um desafio diário, mas o afeto, o carinho e o amor que eu tenho pelo meu marido e pelas crianças faz tudo valer a pena. Também faz toda a diferença frequentar os grupos de apoio à adoção porque lá encontramos pessoas com o mesmo propósito e, principalmente, informação”, disse Osvaldo.

A coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Infância e Juventude, a promotora Aline Carvalho dos Santos, comentou a importância do programa “Quero uma família”, que realiza a busca ativa de crianças e adolescentes aptos à adoção, mas que ainda não foram adotados e se encontram em instituições de acolhimento aguardando habilitados interessados.

“Através da adoção é possível garantir a convivência das crianças e adolescentes com uma família que possa dar a elas todos os direitos, pleno desenvolvimento, amor e carinho. Um exemplo é a adoção tardia, que é mais difícil de ocorrer. Esse programa é uma importante ferramenta desenvolvida pelo MP do Rio”, explica.

Segundo ela, após a consulta ao Cadastro Nacional, o programa proporciona a busca e aproximação entre interessados habilitados, e estas crianças e adolescentes que ainda não foram adotados, para iniciarem todo o processo, com visitação, posteriormente estágio de convivência, e chegar ao final feliz no fim do processo.  

Para o procurador de Justiça Sávio Renato Bittencourt, o evento coloca a adoção na pauta da sociedade e celebra a família adotiva, muitas vezes negligenciada.

“As pessoas precisam entender que as famílias adotivas precisam do apoio público, do apoio da sociedade civil, porque estão em uma fase de adaptação que requer cuidados. Além de pensar no encontro, é preciso pensar em políticas para o pós-encontro, de sustentação dessas crianças e adolescentes com as famílias. O MP estar aqui é fundamental”, afirmou Sávio Renato Bittencourt.

Edição: Eduardo Miranda