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Plano Brasil Sem Fome recebe adesão do Rio de Janeiro

Nesta quinta-feira (25.07), em solenidade que formalizou a adesão do governo do estado ao projeto, ministro Wellington Dias reforçou ação integrada para combater a fome e a pobreza

Plano Brasil Sem Fome recebe adesão do Rio de Janeiro
Foto: Roberta Aline / MDS

O combate à fome e à pobreza ganha reforço em mais uma Unidade da Federação. Nesta quinta-feira (25.07), o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, formalizou a adesão ao Plano Brasil Sem Fome do estado do Rio de Janeiro. O compromisso foi firmado também pelo governador Cláudio Castro, em agenda na capital fluminense para tratar sobre políticas na área de segurança alimentar.

Na solenidade de assinatura do termo, o ministro defendeu que a luta contra a fome e a pobreza envolve conjunto de ações, que vão além da transferência de renda. “Hoje, celebramos parceria que abre portas para o povo do Rio de Janeiro ter acesso aos seus direitos. É preciso dar a mão para as pessoas saírem da fome, mas também para darem o passo seguinte, e saírem da pobreza. Isso tem como efeito o crescimento da classe média e do país. É preciso ir além, e dar condições para as pessoas progredirem”, declarou Wellington Dias.

O titular do MDS ainda destacou a efetividade de políticas públicas integradas no Brasil, que, conforme relatório das Nações Unidas, contribuíram para o país alcançar bons resultados na erradicação da insegurança alimentar e da miséria. “Na quarta-feira (24.07), vimos os números da ONU, e o Brasil foi o país do mundo que mais reduziu a fome no ano passado”, salientou o ministro.

O subdiretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) para a América Latina e o Caribe, Mario Lubetking, reforçou a afirmação do ministro Wellington Dias, ao destacar o papel do Brasil nos resultados apresentados no relatório SOFI 2024. A publicação da ONU mostrou que a região que mais tirou pessoas da situação de fome no mundo foi a América Latina. “O Brasil foi fundamental para chegar a esse cenário”, ponderou o representante da ONU.

O relatório SOFI 2024 mostrou que a insegurança alimentar severa caiu 85% no Brasil em 2023, conforme dados extraídos do Relatório da ONU sobre a Insegurança Alimentar Mundial. Em números absolutos, 14,7 milhões de pessoas deixaram de passar fome no país no ano passado. Percentualmente, a queda foi de 8% para 1,2% da população.

Integração

Durante o ato que marcou a adesão do Rio de Janeiro ao Brasil Sem Fome, o governador do estado, Cláudio Castro, concordou que o combate à fome é uma prioridade que exige ações coordenadas. “Essa é uma política integrada, temos a responsabilidade de cuidar das pessoas. Até 2026, temos a meta de erradicar completamente a fome no Rio de Janeiro”, disse.

Os dados da PNAD Contínua (IBGE, 2023) mostram que, embora a proporção de domicílios em insegurança alimentar e nutricional (Insan) grave seja maior no meio rural (5,5%) que no urbano (3,9%), há, em números absolutos, mais domicílios atingidos pela fome nas cidades (2,68 milhões, dentre os 3,2 milhões de domicílios em Insan no Brasil).

No caso do Rio de Janeiro, que tem a maior taxa de urbanização do Brasil, a fome é praticamente toda nas cidades, com a sua maior concentração na região metropolitana. A adesão do estado ao Brasil Sem Fome será fundamental para fazer as políticas chegarem aos 209 mil domicílios cariocas em insegurança alimentar grave.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, comemorou a nova adesão ao Brasil Sem Fome. “É um plano que mobiliza outras esferas pela construção de ações de enfrentamento à fome. Estamos muito felizes com a adesão do Rio de Janeiro, porque já tivemos resultados expressivos, com mais de 20 milhões de pessoas que deixaram de passar fome no Brasil”, pontuou.

Brasil Sem Fome

O Plano Brasil Sem Fome reúne mais de 80 programas e ações dos 24 ministérios que compõem a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan). As iniciativas estão organizadas em três eixos: acesso à renda, redução da pobreza e promoção da cidadania; alimentação adequada e saudável, da produção ao consumo e; mobilização para o combate à fome.

O Brasil Sem Fome é uma estratégia do Governo Federal, criada em 2023, para enfrentar a fome no país que, em 2022, atingia 33 milhões de pessoas e, a partir dela, retomar o caminho para tirar o Brasil do Mapa da Fome, mais uma vez. Agora, o Plano entra na sua segunda etapa, que será constituída de programas e ações de grande escala e o direcionamento de esforços para identificar e atingir os territórios e os públicos mais afetados pela fome