Rio de Janeiro – A Polícia Civil realizou nesta quarta-feira (15) uma grande operação contra uma facção criminosa responsável por movimentar R$ 21 milhões em fraudes financeiras. O balanço da operação foi a morte de três suspeitos em confronto, além de 12 prisões e quatro feridos, incluindo um policial do Bope
O principal alvo é Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, suspeito de liderar o esquema financeiro do grupo e comandar crimes como execuções, sequestros e invasões a comunidades.
A ação, que incluiu o uso de retroescavadeiras e maçaricos para superar barreiras, resultou no cumprimento de diversos mandados em várias localidades do estado, além da Bahia e da Paraíba.
O fechamento de vias importantes, como a Estrada do Itararé e a Avenida Itaóca, gerou transtornos no Rio de Janeiro.
Investigação detalha esquema milionário
O Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro identificou cerca de 5 mil operações financeiras fraudulentas ligadas à facção criminosa. Esses valores, somando R$ 21 milhões, são oriundos de atividades como:
- Roubos de veículos
- Furtos de cargas
- Extorsões
- Tráfico de drogas
O dinheiro abastece o chamado “Caixinha” da facção, que financia compras de armas, pagamento de subornos e outras atividades ilegais.
Impacto no cotidiano da região
A operação policial afetou o funcionamento de serviços essenciais no Complexo do Alemão. Clínicas da família interromperam os atendimentos, e seis linhas de ônibus alteraram seus itinerários.
Moradores relataram invasões de casas e revistas sem mandado judicial. Apesar dos transtornos, o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, afirmou que os resultados superaram as expectativas.
Possível vazamento de informações
Felipe Curi confirmou indícios de vazamento da operação, mas negou que isso tenha prejudicado a execução. “Já cumprimos metade dos mandados e seguimos avançando para desarticular completamente essa estrutura criminosa”, afirmou.
Entenda o caso: operação contra líder financeiro de facção
Confira os principais detalhes da operação:
- Alvo principal: Edgar Alves de Andrade, o “Doca”
- Fraudes identificadas: R$ 21 milhões em 5 mil operações financeiras
- Impactos locais: vias bloqueadas, clínicas fechadas e ônibus desviados
- Ação policial: cumprimento de mandados no RJ, BA e PB
- Recursos do “Caixinha”: financiamento de armas e subornos