A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou, nesta terça-feira (15), uma operação nacional contra uma organização criminosa acusada de crimes cibernéticos voltados a crianças e adolescentes. Batizada de Adolescência Segura, a ação contou com o apoio de forças policiais de sete estados.
Durante a operação, os agentes prenderam dois adultos e apreenderam dois adolescentes. A investigação aponta a prática de crimes graves, como indução ao suicídio, apologia ao nazismo e pornografia infantil.
Rede criminosa usava internet para atrair vítimas
As investigações revelaram que os envolvidos usavam plataformas digitais para aliciar estudantes. Os criminosos manipulavam psicologicamente as vítimas e as incentivavam a praticar ou sofrer violência.
Além disso, os suspeitos promoviam discursos de ódio e compartilhavam conteúdos ilegais, como vídeos e imagens com apologia ao nazismo e exploração sexual infantil.
Ataque transmitido ao vivo deu início à investigação
A operação teve origem após um crime cometido em fevereiro deste ano. Um adolescente jogou coquetéis molotov em um homem em situação de rua. A ação foi filmada e transmitida ao vivo por outro integrante da rede.
Segundo a polícia, esse ato fazia parte de uma série de crimes coordenados em um servidor digital controlado pelos investigados.
Atuação em sete estados e apoio internacional
A ação da Polícia Civil envolveu agentes civis em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul.
O trabalho contou com o suporte do CyberLab, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, além de informações enviadas por agências dos Estados Unidos.
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Organização estruturada agia de forma coordenada
Os investigadores identificaram uma estrutura organizada, com divisões de tarefas e estratégias para atrair e manipular vítimas online. Portanto, a polícia classificou o grupo como uma organização criminosa.
As ações criminosas envolviam discursos extremistas, incentivo à automutilação e promoção de atos violentos.
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