Rio de Janeiro – O policial civil Heitor Silva e Lima, homenageado em 2023 pelo vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), foi afastado de suas funções em agosto deste ano.
A suspensão ocorreu após uma investigação apontar que ele teria recebido valores de pessoas ligadas a uma milícia que atua na cidade, conforme informações do colunista Paulo Cappelli.
O caso está sendo tratado em segredo de justiça na 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Documentos obtidos pela investigação indicam movimentações financeiras suspeitas em nome de Heitor Silva e Lima, que estaria recebendo pagamentos de membros do grupo paramilitar.
Investigação e suspeitas de envolvimento com milícia
A investigação que resultou no afastamento do inspetor Heitor Silva e Lima revela que ele teria recebido repasses de dinheiro ligados a atividades de milícias no Rio de Janeiro. Esses pagamentos o colocam no centro de um esquema de apoio financeiro a grupos paramilitares.
A decisão de afastamento foi tomada pela 3ª Vara Especializada, e a suspensão tem validade de 180 dias, podendo ser prorrogada até a conclusão do inquérito.
Homenagem de Carlos Bolsonaro
Em 2023, o vereador Carlos Bolsonaro entregou uma moção de louvor e reconhecimento a Heitor Silva e Lima. Na cerimônia, Carlos destacou a atuação do inspetor como um “divisor de águas na segurança pública” do Rio de Janeiro. O documento entregue pelo parlamentar descrevia o policial como “exemplo de competência, dignidade, honestidade e comprometimento.”
No entanto, após a revelação das investigações, o gabinete de Carlos Bolsonaro não se manifestou sobre o envolvimento do policial com milícias. A reportagem tentou contato com o vereador e com Heitor Silva e Lima, mas não obteve resposta.
Processo em segredo de justiça
O processo contra o inspetor Heitor Silva e Lima segue em segredo de justiça. A movimentação financeira atípica foi uma das principais provas que levaram à sua suspensão. Registros bancários mostram transferências financeiras de fontes ligadas a grupos paramilitares, o que reforçou as suspeitas contra o inspetor.
Além disso, a suspensão pode ser estendida caso novas provas sejam encontradas, mantendo Heitor Silva e Lima fora de suas atividades na Polícia Civil do Rio de Janeiro.
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