Rio de Janeiro – Em uma ação rápida, a Prefeitura do Rio de Janeiro impediu a venda de três obras de arte em um leilão em São Paulo na noite desta terça-feira (4).
Com lance inicial de R$ 900 mil, pelo menos uma das peças é atribuída ao renomado escultor Mestre Valentim.
As obras teriam pertencido ao acervo da Igreja de São Pedro dos Clérigos, demolida em 1944 para a abertura da Avenida Presidente Vargas.
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O que você precisa saber
- Intervenção: Prefeitura do Rio impede leilão de obras atribuídas ao Mestre Valentim.
- Medidas: Publicação de decretos de tombamento e desapropriação.
- Objetivo: Proteger a memória cultural carioca e doar as obras ao Museu de Arte do Rio (MAR).
- Histórico: Obras pertenciam à Igreja de São Pedro dos Clérigos, demolida em 1944.
- Reação: Leiloeiro critica decisão, alegando preservação feita pelos colecionadores.
Leilão suspenso
O leiloeiro Luiz Fernando Moreira Dutra suspendeu a venda das obras após a decisão da prefeitura. As peças estavam no acervo dos colecionadores paulistas Cárbia Sabatel de Bourrol e José Celestino Monteiro de Barros Burroul, membro da Academia Paulista de História. Dutra criticou a ação, afirmando que a preservação das peças se deve aos colecionadores, não ao Estado ou à Igreja.
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História da Igreja de São Pedro dos Clérigos
A Igreja de São Pedro dos Clérigos, considerada uma das maiores joias barrocas do Rio de Janeiro, foi demolida em 1944 para a construção da Avenida Presidente Vargas. Embora muitos protestassem, a demolição foi realizada e as obras de arte e talhas foram dispersas em museus, templos e coleções particulares.
Recuperação da Memória Cultural
A ação da prefeitura é um passo importante para recuperar e preservar a memória cultural do Rio de Janeiro. As obras de valor histórico e artístico, como as de Mestre Valentim, são essenciais para a identidade cultural da cidade e devem ser preservadas para as futuras gerações.
Quem foi o Mestre Valentim
Valentim da Fonseca e Silva, conhecido como Mestre Valentim, foi um escultor, entalhador e arquiteto. Nascido em Minas Gerais, foi levado à Europa pelo pai em 1756. Após retornar ao Brasil, estabeleceu-se no Rio de Janeiro e se tornou um artista renomado. Mestre Valentim foi pioneiro na produção de estátuas fundidas em bronze no Brasil e deixou um legado significativo em igrejas e obras urbanísticas no Rio.
