Rio de Janeiro – Traficantes do Complexo de Israel, localizado na Zona Norte do Rio, pagaram R$ 175 mil em propina a policiais corruptos em apenas uma semana, segundo informações divulgadas pelo programa Fantástico, da TV Globo, neste domingo. A revelação veio à tona por meio de uma planilha de pagamentos apreendida durante investigações de 2020.
A lista detalha os valores pagos, identifica os policiais envolvidos e menciona as unidades às quais pertencem. Entre os citados, um policial militar conhecido como Bigode Grosso recebeu mais de R$ 40 mil no ano.
Violência e Propina no Complexo de Israel
Na última quinta-feira (24), a comunidade foi palco de um tiroteio intenso que resultou na morte de três pessoas e deixou outras três feridas. O confronto foi uma resposta dos criminosos a uma operação policial na área. Durante a ação, a Avenida Brasil permaneceu fechada por cerca de duas horas e 40 minutos, interrompendo serviços essenciais como BRTs e trens, impactando a rotina de muitos moradores.
Quem é Peixão? O controle do tráfico na região
O Complexo de Israel é comandado pelo traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão. Segundo informações, ele teria ordenado que tiros fossem disparados nas vias expressas para dificultar a ação policial e facilitar sua fuga durante a operação de quinta-feira.
Como funcionava o esquema de propina?
De acordo com a reportagem do Fantástico, o esquema de propina envolvia pagamentos semanais a policiais para garantir que operações na comunidade fossem frustradas ou limitadas. A planilha de 2020, usada como prova na investigação, expõe detalhes sobre o dinheiro movimentado para proteger as atividades do tráfico.
Tiroteio na Avenida Brasil: o que aconteceu?
No confronto de quinta-feira, três pessoas morreram e outras três ficaram feridas. A ação fechou a Avenida Brasil, uma das principais vias do Rio de Janeiro, paralisando o transporte público e afetando milhares de trabalhadores que dependem do trajeto. O tiroteio foi uma reação direta dos traficantes à tentativa de repressão policial no Complexo de Israel.
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Perguntas Frequentes sobre o esquema de propina no Complexo de Israel
1. Quem são os envolvidos no esquema de propina?
A planilha apreendida durante a investigação lista vários policiais que recebiam dinheiro de traficantes. Entre os citados, está um militar apelidado de Bigode Grosso, que acumulou mais de R$ 40 mil em pagamentos.
2. Por que ocorreu o tiroteio na Avenida Brasil?
O tiroteio começou após uma operação policial no Complexo de Israel. Criminosos abriram fogo para tentar bloquear as vias e impedir o avanço das forças de segurança.
3. Quem controla o tráfico no Complexo de Israel?
A região é controlada por Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, que coordenaria as ações dos criminosos e o esquema de propina.
4. Qual foi o impacto do confronto na cidade?
O tiroteio paralisou serviços de transporte público, como BRTs e trens, interrompendo a mobilidade de milhares de pessoas que dependem da Avenida Brasil para seus deslocamentos diários.