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quinta-feira, fevereiro 6, 2025
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Rio de Janeiro: aluguel residencial tem crescimento acima da inflação

Mesmo com aumento nos valores, a procura continua intensa, principalmente em bairros como Copacabana, Grajaú e Botafogo

Estudo mensal de inteligência imobiliária da APSA, líder em gestão de propriedades urbanas, sobre o custo de aluguéis no Rio de Janeiro, em dezembro, registra aumento de 2,73% frente ao mês anterior, com o metro quadrado médio a R$49,79. Se considerarmos o desempenho do ano, o crescimento chega a 13%, bem acima da inflação de 4,83%. Dos 17 bairros analisados, 10 deles tiveram o preço do metro quadrado para locação maior em dezembro, em relação a novembro.

Ao todo, foram analisadas, aproximadamente, 6 mil ofertas para apartamentos de 1 a 3 dormitórios nos principais bairros. Na Zona Sul, Copacabana e Botafogo registraram, em dezembro, os maiores acréscimos, com 3,96% e 2,47%, respectivamente, em comparação aos meses de dezembro e novembro.

Dentre os bairros com maior percentual de redução, destaque para Copacabana, com 2,37% (R$66,42 /m²). Bairros como Leme, Tijuca e Centro, que nos últimos meses contaram com aumentos expressivos, obtiveram declínio de 8,58%, 5,86%, e 6,27% frente ao mês anterior.

A queda também foi identificada no Méier e Rio Comprido, com apresentando menos 0,82% e 0,29% , respectivamente, no valor de mercado.


O mercado de aluguéis no Brasil está vivendo um período de intenso aquecimento, resultado de uma combinação de fatores econômicos, demográficos e culturais que têm transformado profundamente o comportamento dos brasileiros em relação à moradia. De acordo com dados do Secovi Rio, a demanda por imóveis para locação registrou um aumento considerável após a pandemia, com um crescimento médio superior a 61% no valor do metro quadrado e uma queda de 44% nas ofertas disponíveis.

Esse cenário é ainda mais impactado pela elevação da taxa Selic, atualmente em níveis elevados, o que dificulta o financiamento imobiliário e torna a compra de imóveis menos acessível até mesmo para consumidores tradicionais.

“Em um ambiente de juros altos, muitos preferem manter seus recursos aplicados em investimentos mais rentáveis, como fundos de renda fixa, em vez de comprometer capital na aquisição de imóveis. Além do contexto econômico, as mudanças nos arranjos familiares e nas preferências de estilo de vida também têm impulsionado a demanda por aluguéis. Nesse contexto, o aluguel deixa de ser uma opção temporária e passa a ser visto como uma escolha estratégica, mais alinhada com as novas prioridades de vida”, comenta Flávio Olimpio, gerente de locações da APSA

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