RIO DE JANEIRO – Com 2.547.183 domicílios apresentando algum tipo de inadequação, o Rio de Janeiro ocupa o segundo lugar no ranking dos estados brasileiros com o maior número de moradias que comprometem a qualidade de vida de seus moradores. A informação é da Fundação João Pinheiro, que calcula o déficit habitacional do Brasil em parceria com a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades.
O que você precisa saber
- Rio de Janeiro tem mais de 2,5 milhões de domicílios inadequados.
- A inadequação abrange infraestrutura urbana, edilícia e fundiária.
- Dados foram atualizados com base na PnadC do IBGE e no CadÚnico.
Tipos de Inadequação
A inadequação de domicílio indica que a habitação não atende às necessidades básicas de uma família. Esse indicador é composto por três componentes:
- Infraestrutura Urbana: Falta de energia elétrica, abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo.
- Edilícia: Ausência de banheiro exclusivo, número insuficiente de cômodos, problemas no armazenamento de água, piso e cobertura inadequados.
- Fundiária: Problemas relacionados à posse e uso do terreno.
Comparação Nacional
Em termos de infraestrutura urbana, o Rio de Janeiro também ocupa o segundo lugar, com 1.806.611 moradias inadequadas, ficando atrás apenas de Pernambuco, que tem 1.812.201. Relativamente, os estados com maiores índices de inadequação fundiária urbana são Amapá (13,0%) e Rio de Janeiro (8,3%).
Déficit Habitacional no Brasil
O déficit habitacional brasileiro totalizou 6.215.313 domicílios em 2022. Esses números refletem a quantidade de habitações incapazes de atender ao direito de acesso a uma moradia minimamente adequada.
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Papel da Habitat Brasil
A Habitat Brasil destaca a escassez e ineficiência de políticas públicas voltadas para a habitação no país. A organização, com 32 anos de experiência, pode qualificar e explicar esses dados, baseando-se no trabalho direto com famílias.