Rio de Janeiro – Com uma tradição de mais de três séculos e meio, o estado do Rio de Janeiro se destaca como o terceiro maior produtor de cachaça do Brasil. Dados do Anuário da Cachaça 2024 mostram que, em 37 cidades fluminenses, há pelo menos um produtor da bebida, representando pouco mais de 40% do total de municípios. Ao todo, 65 alambiques fabricam 537 cachaças, resultando em 716 rótulos registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), colocando o estado atrás apenas de Minas Gerais e São Paulo em número de marcas.
Resumo da Notícia
- Produção de Cachaça: O Rio de Janeiro é o terceiro maior produtor do Brasil, com 65 alambiques e 716 rótulos registrados.
- Qualidade Premiada: O estado se destaca por cachaças de alto padrão, ganhando prêmios nacionais e internacionais.
- Diversidade Regional: Produção se estende por regiões como Paraty, Vale do Café, Região Serrana e Norte-Noroeste do estado.
Diversidade na Produção de Cachaça
O Rio de Janeiro não se destaca apenas pela quantidade, mas pela qualidade de suas cachaças. Vicente Bastos, vice-presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), afirma que o estado possui terroirs variados, que vão desde as áreas costeiras de Paraty até as montanhas da Região Serrana. Essa diversidade permite a produção de cachaças com características únicas, apreciadas por consumidores no Brasil e no exterior.
Registro de Denominação de Origem
Em janeiro, a cachaça produzida em Paraty recebeu o registro de Denominação de Origem (DO) do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o primeiro para um destilado brasileiro. Este registro reconhece a influência do ambiente natural, como o relevo da Serra do Mar e o clima local, além dos métodos tradicionais de produção que preservam a qualidade e autenticidade da bebida.
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Destaque para a Produção Artesanal
A cidade de Paraty abriga seis produtores que oferecem 87 rótulos ao mercado, incluindo marcas centenárias como a Coqueiro, em operação desde 1803. Marcelo Mello, descendente da família fundadora, destaca o compromisso com a profissionalização e a rastreabilidade, garantindo que os consumidores saibam a origem e o processo de produção de suas cachaças.
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Desafios da Ilegalidade
Katia Alves Espírito Santo, presidente da Associação dos Produtores de Cachaça do Estado (Apacerj), aponta a ilegalidade como um grande desafio para o setor. Ela estima que, além dos 65 produtores registrados, haja mais de 130 alambiques operando sem registro, o que compromete a qualidade e a segurança do produto. A concorrência desleal afeta também a reputação das cachaças artesanais, que prezam pelo controle rigoroso de seus processos de produção.
Perguntas Frequentes sobre a Produção de Cachaça no Rio de Janeiro
Qual é a posição do Rio de Janeiro na produção de cachaça no Brasil?
O Rio de Janeiro é o terceiro maior produtor de cachaça do país, com 65 alambiques e 716 rótulos registrados.
Por que a cachaça de Paraty é especial?
A cachaça de Paraty possui Denominação de Origem (DO), reconhecendo a influência do ambiente local e métodos tradicionais de produção.
Quais são os desafios enfrentados pelos produtores de cachaça?
A ilegalidade e a concorrência desleal são grandes desafios, com muitos produtores operando sem registro oficial.
A produção de cachaça é apenas artesanal?
Embora muitos produtores sejam artesanais, com controle rigoroso dos processos, a produção também envolve investimentos em profissionalização e rastreabilidade.
